Miguel
de Moura*
Vi um poema simplesmente belo,
No seu ritmo brioso, tão sem pressa,
Arte mais rica em alma e carne impressa,
Nem nas noites de sono mais singelo.
Em forma de mulher de corpo inteiro,
Num vestido sublime e escultural;
Da cabecinha aos pés, ardor igual
Senti somente ao vir o amor primeiro.
Ao sentir seu calor, levei uns trombos,
Na sua dança, sem mostrar-me o rosto,
Derramava mil louros pelos ombros.
Por que não me revi nos meus refolhos
E não corri, mostrando-me disposto
A abrir a chave de ouro dos seus olhos?
Teresina, PI, 14 set. 2014.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, considerado pelo grande escritor O. G. Rego de Carvalho, “um dos maiores poetas de sua terra, ao lado de Da Costa e Silva e H. Dobal”, mora em Teresina, Capital do Piauí,
4 comentários:
Inspiração belíssima caro poeta.Poema lindo!!Abração!!!
Regina,
Hoje estive no seu blogue de hai-kais. Deixei lá um comentário.
Só para conversarmos mais um pouco.
Sua estrela brilha mesmo nesse tipo de poema, onde raros poetas fazem coisas boas. Obrigado por me ter visitado, minha solidão foi diminuido com sua presença.
Abraços
Chico
O soneto é o formão para fazer versos de amor
e o poeta que tem o lirismo na veia
e a poesia na alma
talha uma dessas de matar o coração
inova sem perder a tradição
parece amiúde um alaúde tecendo acordes de amor
Luiz,
Estive no seu blog só para conversarmos um pouco mais.
Grato pelos elogios, sei lá se merecidos.
Disponha do amigo
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
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