domingo, 22 de novembro de 2009
EU, POEMA
Francisco Miguel de Moura*
Ninguém me leve a mal:
– me leve e lave.
Porque sou cativo
de mim, sem disfarce.
E não me apresso
de lançar ao léu
uma inspiração
de céu nenhum
– meu nem seu.
Faço o poema que pos(suo)
e ofereço a quem traspassa
manchas de sangue e suor.
Meu grito guarda a sede
e o sal
que transpiram os homens
na feira de seus cacos.
_________________
*Francisco Miguel de Moura, escritor, brasileiro, é membro da Academia Piauiense de Letras(Teresina, Piauí, Brasil), União Brasileira de Escritores (São Paul) e da Associação Internacional de Escritores e Artistas (IWA – sigla em inglês), com sede em Toledo, OH, EUA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário