quinta-feira, 26 de novembro de 2009

BIOGRAFIA - MESTRE MIGUEL GUARANI


MIGUEL GUARANI - MESTRE
E VIOLEIRO


Francisco Miguel de Moura (Chico Miguel)*
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Biografia é a história de uma vida. Toda biografia é também um romance, dependendo do desenvolvimento que o escritor quis dar. E os romances comportam no mínimo quatro dimensões: espaço, tempo, imaginação e fatos.

Aqui e agora começa a biografia do mestre Miguel Borges de Moura, que depois, em virtude de sua atividade de violeiro, passou a ser mais conhecido como Miguel Guarani.

Miguel Guarani nasceu no Diogo, um lugarejo da fazenda Jenipapeiro, hoje município de Francisco Santos, Piauí, no dia 18 de maio de 1910. Não se sabe se foi uma festa ou não quando nasceu o segundo filho (e o primeiro varão) do casal Feliciano Borges de Moura/ Rosa Maria da Conceição, pais de Miguel. Comumente no Nordeste o é.

Como era o Diogo de então? À margem do rio, para o lado do norte subia um planalto que chamavam de “Serra” ou “Gerais” onde fazia limite com o Ceará. Atravessado pela estrada real que vinha do povoado Jenipapeiro e corria para o sul, no rumo de Picos, passando antes por Rodeador, Bocaina, Sussuapara, era a única via de comunicação com o mundo, porém apenas para pessoas e animais. Nem mesmo por carro de boi podia ser percorrida, em virtude do areal tremendo na maioria do seu percurso. O solo sáfaro, cansado de tanto sofrer queimadas, composto de areia, lajedos, cascalhos, quase nada fornecia à agricultura que não fosse um pé de mandioca, feijão, abóbora, melancia para subsistência. Somente quando Sinhô do Diogo subiu a “Serra” e chegou aos “Gerais” foi que encontrou melhores terras e a agricultura prosperou. A renda maior era tirada da vazante do rio, onde se plantava, na estação seca. Na formação da terra do Diogo havia caldeirões que durante a estação chuvosa serviam para os bichos beberem mais perto – a fonte principal era o Rio Riachão – e os meninos tomarem banho. Miguel deve ter tomado banho nessas águas frias e gostosas do começo do inverno como todos os meninos de sua época. Porém, por pouco tempo, que a sua infância foi curta: O trabalho da roça e, agora, as letras, o absorviam.

Os filhos do casal Feliciano/Rosa foram nascendo um atrás do outro, chegaram a dez. Uma família e tanto. Sinhô do Diogo, não podendo contratar um mestre-escola para ensinar aos filhos em casa, alfabetizou o mais velho dos varões, Miguel Guarani, que depois se tornaria o professor dos irmãos e irmãs. E assim se fez o começo do que viria ser o maior e mais conhecido mestre-escola da redondeza de Picos.

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Uma bela manhã de verão Sinhô do Diogo começa a executar seu plano de fazer de Miguel, o mais franzino dos filhos, um professor. Pega a carta de ABC, passa-lhe a tarefa.

– Quando eu chegar da roça, quero ver o que aprendeu.

À noite, Sinhô chega e chama o filho. Pede-lhe conta da lição, como havia prometido. Para sua surpresa, o menino – devia ter entre 6 ou 8 anos – soube todas as letras do ABC na carretilha. Examinadas uma a uma e salteadas, reconheceu todas. Sinhô animou-se. Nos dias seguintes passou-lhe a “carta de sílabas”, a “de nomes...” E em menos de um mês a leitura ia desembaraçada, lia uma carta e desenhava outra. Depois Miguel enfrentaria a “carta de tabuada” – somar e multiplicar, com a mesma inteligência, sem fazer corpo mole. Nem podia. A disciplina do velho era dura. Se não desse para as letras ia para o cabo da enxada, da foice e do machado, na derruba do mato para o plantio de mandioca, na “Serra”, de sol a sol.

Mas não só de trabalho era a vida do velho Sinhô. Gostava de festas. Aniversários, batizados, casamentos... Festas de arromba. Muito leitão gordo era abatido. As mulheres da casa preparavam os quitutes, faziam o chouriço (um doce preparado de farinha com o sangue do porco, temperado com toucinho e outros temperos), uma das comidas mais gostosas do Nordeste. Havia danças também. O Diogo conheceu dias felizes quando Sinhô descobriu e começou a explorar os “Gerais”, estabelecendo roças no lugar “Caldeirões”. Os invernos eram bons, o rio botava água no inverno; na seca, no seu leito plantavam-se vazantes de alho, cebola e batata – produtos de mercado, de onde se apurava dinheiro na feira de Picos, aonde se ia também comprar as fazendas (tecidos), roupas, chinelos, sapatos, chapéus, e outras mercadorias. Cada viagem dessas a Picos, em lombo de animais, era uma odisséia. Contavam-se histórias fabulosas aos filhos, sobrinhos e netos.

Sinhô do Digo teve uma filha fora do casamento, de nome Anísia, conhecida como Anisinha, homenagem a Anísia Rosa de Moura, filha do casal. Havia, então, se tornado senhor do Diogo, literalmente, aonde chegara ainda rapazinho e se, casara com Rosa, uma das filhas de Quincas Chaves: O maior proprietário das terras, o maior lavrador e muito benquisto. Diferentemente dos demais proprietários locais, que reservavam as moças para os serviços de casa, ficando para os homens as tarefas pesadas da roça, ele colocou todas (eram seis) no eito.

Só no começo da vida Sinhô do Diogo não criou gado. Criava porco, cabras, ovelhas e outros bichos miúdos. Se muito, possuiu uma ou duas vacas leiteiras para o consumo da família. Gostava de caçar e sua casa era abastecida de carne de caitetu, tatu, onça, tamanduá e outros animais da floresta dos arredores ou mais distantes. Era assim o Diogo de Sinhô e de Miguel Guarani.

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Ninguém sabia porque Miguel Guarani, nascido no “Diogo”, onde moravam seus pais e seus irmãos, fora morar, depois do casamento, numa casinha que construiu no lugar “Curral Novo”, perto do povoado Jenipapeiro. Casinha de taipa e telhas, de uma única porta no único quarto. O resto era um alpendre que servia de sala, copa, e, talvez de mais outras funções. A cozinha, um alpendre menor, dava para o cercado ao lado. Situada entre catingas-de-porco, velames, cipós, mofumbos, urtigas, croás, macambiras, xiquexiques e “favelas”, a maioria dessa flora era de arbustos muito espinhentos. Ali a família morou por cerca de 5 anos e, a partir daí, Mestre Miguel torna-se uma espécie de andarilho, gostava muito de mudar-se. Ou a isto se via obrigado.
Quando casou Josefa Maria de Sousa (Zefa de Chico Ana), de família pobre mas tradicional na região, era órfã de pai e mãe e possuidora daquele pedaço de terreno estéril à beira dum riacho também seco na seca, e somente no inverno, quando chovia muito, via água. Era bonito para os olhos dos meninos, pois feito de pedras de altitudes diferentes por onde as águas desciam em cachoeiras. O leitor “não se vexe não” como diz o baiano. Água era só por um ou dois dias no ano. Os imbus, que dão nas primeiras chuvas, normalmente em janeiro, eram uma festa para o estômago da garotada. Depois sobrevinha a terrível estação das secas, permanecendo verdes apenas os juazeiros da beira do rio e alguns paus-ferros para comida das cabras. Além do terreno onde Miguel levantou a casa acima, havia uma roça no baixão, também pequena, de produção limitada de milho, feijão, abóbora e melancia. Acabado o inverno, acabava a fartura. Quem plantava na “Serra”, teria a mandioca para fazer farinha e tapioca, para comer e vender para comprar roupas e chinelos, sapatos e redes, e outros pertences como pente, sabão, querosene para a lamparina, e acho que só.

Para suprir as necessidades da seca, Miguel trabalhava nas “desmanchas” (farinhadas) como forneiro. Era sua especialidade torrar a massa de mandioca no forno para transformar-se em farinha. Era o trabalho mais leve, que merece uma certa “ciência”, cousas que bem se adaptavam ao perfil de trabalhador que tinha. Passava nesse trabalho dois/três meses, quando não pisava em casa, não obstante os reclamos de D. Zefa de Chico Ana, ou, para outros, Zefa de Miguel. Depois, era mesmo apelar para o trabalho de escola, na casa dos fazendeiros.

Conforme depoimentos da própria Josefa Maria de Sousa, que fazia nas suas conversas uma separação entre os seus parentes (irmãos, cunhados, primos) e os de Miguel de Sinhô, seu povo não consentia no casamento dela – a mais nova da família – se Miguel não resolvesse a morar perto deles. E foi o que aconteceu.

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Cedo Miguel toma outro rumo na sua vida de trabalhador braçal, torna-se mestre-escola, em virtude de sua inteligência reconhecida pelo pai e pelos irmãos, pelos parentes e conhecidos do Diogo. Então é preciso, desde logo, registrar sua vida de mestre, a profissão que, bem ou mal, lhe deu o sustento e à família.

Cantorias, só a partir do princípio dos anos 1940 – não é possível precisar bem o ano – ele realizava-as esporadicamente, quando aparecia um parceiro em sua casa. Nunca saiu de viola em punho, em busca de cantoria. Saía, sim, em busca de alunos – pequenos e grandes – para alfabetizar e ensinar os primeiros rudimentos da aritmética. Conhecia as lições de Antônio Trajando do princípio ao fim, ou seja, a Aritmética Elementar. Com o passar dos anos, Miguel Guarani foi-se aperfeiçoando, quer por conta própria, quer procurando pessoas mais experientes, e já na idade madura destrinchava também a Aritmética Progressiva, passo mais avançado do Prof. Antônio Trajano.

Anos e anos lecionou em casas e fazendas, aonde era chamado, em toda a redondeza de Picos (de Itainópolis a Alagoinhas, de Jenipapeiro às Guaribas e até muito pra lá, no sertão de serras planas já limítrofes com Valença e Pimenteiras). Só em 1941 passou a lecionar por conta da Prefeitura Municipal de Picos, recebendo salário. Mas, como não possuía os documentos de reservista (do Exército), fazia esse trabalho em nome de sua irmã, Adélia Rosa de Moura, legalmente a professora. Ele nunca se incomodou com essas bobagens da burocracia, vindo a pagar caro por isto no futuro.

Uma reviravolta na política do Estado, porém, colocou-o fora do quadro de professores municipais da Prefeitura de Picos, já à época, no povoado Santo Antônio, ribeira do Riachão – e teve que se ajeitar com uma escolinha particular. O resultado é que a escolinha cresceu contando com a boa amizade dos proprietários e comerciantes mais influentes dali, que lhe mandaram seus filhos e filhas para melhorar a bolsa do mestre-escola.

Mais tarde, quando precisou aposentar-se, encontrou todas as portas da lei fechadas. A reviravolta política que lhe ocasionou a demissão foi a eleição e posse do Governador Rocha Furtado. Pelo Estatuto do Funcionário Público da época, faltavam-lhe apenas 6 meses para ter direito à merecida efetivação no cargo. Nunca conseguiu aposentadoria. Ainda tentou, pelo que se sabe, pela Previdência Social, mas foi barrado. Não tinha condições de provar o seu tempo de serviço, a maior parte dele prestado em nome de sua irmã Adélia, acima mencionada.

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Aqui se faz mister pequena pausa para um registro da imprensa, se bem que muito posteriormente. Sobre o governo de Rocha Furtado, em “Trechos do Meu Caminho”, Teresina, 1976, livro de memórias do ex-governador Leônidas Melo, estão registrados esses dois parágrafos, que foram transcritos no jornal “Diário do Povo”, de 16 de fevereiro de 1991, pág. 4:

“O Governo udenista (1947-1951) iniciou-se sob maus auspícios, praticando atos de prepotência e perseguição partidária que atingiram, sobretudo o funcionalismo público. Preterição de direitos; demissões injustas; transferências desnecessárias; atraso de pagamento tornaram-se normas seguidas.

O Ensino e a Receita do Estado foram consideravelmente prejudicados com as repetidas transferências de professores e coletores.”

Historiador da Associação dos Professores do Estado do Piauí, no livro “APEP, Organização, Lutas e Conquistas”, ao tratar do governo de Rocha Furtado (1947-1951) diz José Olímpio Leite de Castro que ele deixou profundas feridas no seio do magistério e, a título de ilustração, transcreve alguns depoimentos, entre os quais o que Francisco Miguel de Moura lhe prestou:
“Quando houve aquela mudança na política piauiense, Rocha Furtado pela UDN sobe ao poder. Papai contava com 9 anos e 6 meses de magistério público. Faltavam apenas 6 meses para efetivar-se, segundo a Constituição do Estado. E foi aquela expectativa. É claro que meu pai não se rendeu à política, não era do seu feitio. Nunca pensou em recorrer a um político do lado de Rocha Furtado (UDN), para pedir proteção. Não. Pertencente, pelo lado materno, à família Santos (primo legítimo do coronel Francisco Santos, de Picos), tendo sido toda a vida acompanhante de seu partido, não iria agora procurar quem não conhecia e naturalmente o odiava por pertencer ao outro lado, o PSD. Pois bem, papai ficou desempregado. E sem condição de adquirir seu emprego. Ficou lecionando a particulares. Felizmente as pessoas do lugar deram-lhe apoio. Durante um ano não foi nomeado nenhum professor, no povoado Santo Antônio, fazenda Rodeador. Aí prova a maldade dos que agiram na proposta de sua demissão do cargo de professor.

Também Miguel nunca mais recuperou o seu cargo, mesmo no governo seguinte, do pessedista Pedro de Almendra Freitas (1951-1955) e por isto nunca se aposentou. Apesar dos esforços do Cel. Francisco Santos, não voltou a ser professor pago pelos cofres públicos, pois continuava sem o poder municipal. E a subida de um Governador do PSD não alterou sua posição diante dos políticos do município de Picos.

Mas muitas pessoas lhe deram apoio para continuar vivendo com sua escolinha particular. Eram os homens mais importantes da terra, todos alinhados com o PSD: Arlindo Cipriano, Manoel Sinhô, Antônio, Licínio e Gabriel Lima (os três Limas), Antônio Joaquim, os irmãos Batistas (Justino e outros), Joaquim Bineta, seu André, Manoel Carlos, entre outros, a maioria moradores do povoado Santo Antônio (fazenda Rodeador), ou muito próximo.

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Da meia idade em diante, Miguel sempre trabalhou por conta própria, particular, para sustentar a família composta de mulher – Josefa Maria de Sousa – e os seguintes filhos grandes: Francisco Miguel de Moura, Teresinha de Jesus Moura, Maria Josefa de Sousa e Helena Josefa de Sousa, lecionando ora nos povoados Santo Antônio de Lisboa e Francisco Santos, ora em outros quando era convidado. E mais comumente em casas de fazendeiros dessa região e de outras que fazem o entorno de Picos, Piauí: Aroeiras do Itaim, Itainópolis, Carnaíbas, Angico Branco; Riachão, São Julião, Alagoinhas, Fronteiras e Pio Nono; Bocaina, São Luís do Guaribas, Varjota, Sussuapara e outros. Quando morava no lugar Angico Branco (dos Macedos), apareceu-lhe, um dia, em sua residência, o poeta popular, improvisador, cantador, violeiro de nome Campo Verde. E foi uma nova descoberta na vida de Miguel, que sempre gostou de aventuras. O moreno Campo Verde, cearense, tornou-se seu professor de viola e repente, e dentro poucas semanas Miguel o enfrentava em duelo de gigante. Cantando durante as noites, primeiramente com seu mestre, depois com outros, mas sem sair de sua casa (som aceitava cantoria com quem lhe vinha procurar), assim Miguel adicionou outra fonte de renda, unindo o útil com o agradável – pois gostava muito do que fazia, tanto de lecionar, quanto de fazer repentes, ao som da viola.
Miguel Guarani (Miguel Borges de Moura) tornou-se famoso, em toda a região, por sua sabedoria, dedicação, lealdade aos amigos, honradez e independência de governos, embora votasse sempre a favor do amigo e parente Cel. Francisco Santos.
Para ter-se uma idéia aproximada de quanto era conhecido, amado e respeitado, é bastante saber que, falecido em 7 de agosto de 1971, o jornal “O Dia”, Teresina, 22 de agosto de 1971, estampou a seguinte nota:
“Faleceu no dia 7 do corrente, em sua residência na cidade piauiense de Santo Antônio de Lisboa, o conhecido Mestre Miguel Borges de Moura, conhecido também por Miguel Guarani. Era natural de Francisco Santos e morreu vitimado por um ataque de trombose. Pai do companheiro Francisco Miguel de Moura, colaborador desta página, o Prof. Miguel dedicou toda a sua vida à causa do ensino primário, lecionando pelo interior e cidades de Picos, Itainópolis, São Luís do Piauí, Bocaina, Santo Antônio de Lisboa, Francisco Santos, Mons. Hipólito, São Julião, etc. Ultimamente era professor particular, com auxílio da Prefeitura de Santo Antônio de Lisboa. Foi também inspetor de escolas primárias naquelas regiões e, ao falecer, fazia o Censo Agrícola, em que vinha trabalhando desde 1940. Viúvo (era casado com D. Josefa Maria de Sousa) e deixou três filhos vivos: Francisco Miguel de Moura, bancário, universitário de Filosofia, poeta e crítico literário dos melhores de nossa terra; Professora primária Maria Josefa de Sousa, em Francisco Santos; e Helena Josefa de Sousa, diretora do Ginásio de Santo Antônio de Lisboa.
Além dos três vivos, registre-se outra filha – Teresinha de Jesus Moura, também professora em Francisco Santos Piauí – que falecera em 1969, em Picos, vítima de uma cirurgia vesicular (colecistectomia.
Seu sepultamento em Francisco Santos foi o mais concorrido de quantos já houve naquela cidade interiorana, tendo acompanhado o féretro, entrando no cemitério cerca de 1.000 pessoas. O velo Prof. Miguel, que era também poeta-impvisador, tinha uma grande multidão de amigos e alunos, e deixou, com seu desaparecimento, um grande vácuo no setor educacional da juventude daquela região. A Prefeitura de Francisco Santos, num preito de justa e reconhecida homenagem aos trabalhos do morto, cedeu à família deste a cova onde dorme o derradeiro sono o velho e querido Mestre”.
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OBSERVAÇÕES:
O trabalho acima foi escrito em cinco capítulos que foram publicados no jornal "Diário do Povo". semanalmente, às sextas-feiras, antes da publicação do livro "MIGUEL GUARANI - MESTRE E VIOLEIRO", Edições Cirandinha/FUNCOR, Teresina, 2005, de autoria de Francisco Miguel de Moura.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, membro da Academia Piauiense de Letras, da Academia da Letras da Região de Picos, da Associação Internacional de Escritores e Artistas - IWA (sigla em inglês), com sede em Toledo, OH, Estados Unidos da América.

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