EXERCÍCIO ESPIRITUAL
Francisco Miguel de Moura*
Por que não fico uma horinha
só comigo
para fazer contas das minhas
cotas?
Tenho medo de mim? Sim ou
não?
Tenho medo do mundo que eu
cerco.
Completo não és... Contenta-te, velho Chico,
Chico humano, fardo humano...
Cisco!
E se sou um ponto
miudinho, divino,
a quem devo dar graças por que
sou?
Devo alegrar-me comigo porque
sou,
pular, dançar, gritar, esbravejando...
E se as forças de corpo e
alma descontínuas
barulham meu terreiro sem
nenhuma estrela?
Eis quanto a minha parte em
Deus já vem
surgindo de um Além que me
resiste.
Assim, assim uma estrela pisca,
pisca
em voos e adejos distantes
e distintos.
Pisca, pisca, o’ terra, o’
sol, o’ maravilhas
em meus pés, na viagem dos meus(versos).
´
Vem á minha alma, ao meu
corpo aflito!
Vem-me, por inteiro, Espírito
Iluminista
do espaço que me estende eternamente.
____________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro,
mora
em Teresina, PI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário