sábado, 9 de outubro de 2021

 


                                EXERCÍCIO  ESPIRITUAL

 

                              Francisco Miguel de Moura*

 

Por que não fico uma horinha só comigo

para fazer contas das minhas cotas?

 

Tenho medo de mim? Sim ou não?

Tenho medo do mundo que eu cerco.

 

Completo não és... Contenta-te, velho Chico,

Chico humano, fardo humano... Cisco!

 

E se sou um ponto miudinho, divino,

a quem devo dar graças por que sou?

 

Devo alegrar-me comigo porque sou,

pular, dançar, gritar, esbravejando...

                     

E se as forças de corpo e alma descontínuas

barulham meu terreiro sem nenhuma estrela?

 

Eis quanto a minha parte em Deus já vem

surgindo de um Além que me resiste.

 

Assim, assim uma estrela pisca, pisca

em voos e adejos distantes e distintos.

 

Pisca, pisca, o’ terra, o’ sol, o’ maravilhas

em meus pés, na viagem dos meus(versos).

´

Vem á minha alma, ao meu corpo aflito!

Vem-me, por inteiro, Espírito Iluminista

do espaço que me estende eternamente.

 

                      The. 09/10/2021

____________

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro,

mora em Teresina, PI.

 

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