MEU PAPEL É UM ALTAR
(“Minha música está nas letras,
notas que se perdem na palavra”
Francisco Miguel de Moura*
Os sons dos meus rabiscos
soam
Sonorosos onde as letras se
perdem.
Meu papel em branco é leite e
mel
Para o pensamento preso em
nós...
Duros são os instantes do
homem!
Solto meus cães e pássaros na
manhã
Sem neblina, ao sol que me
amanhece.
E eles viverão.
Minha ciência é a crua
natureza.
Deus é tão rico! Faz bonito e
belo
Tudo o que faz. E inda há
quem diga:
Ai! que feia criação!
O diferente é belo e cabe no
poema
Como na tela de um pintor
barroco.
E este é, sim, igual a nossos
pássaros,
Que levam nos seus braços nossa
fé,
Voando para o além dos infinitos.
Terra é terra e Deus - vida e
energia.
E no altar do papel - palco e
juiz,
Vida e amor são luzes, são
poesia.
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*Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro, Teresina- PI- BR.
Este poema está no meu
livro inédito “Além do Outono”
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