Caminho tortuoso e sem volta
é condenação ao desespero.
Melhor fingir no amor
ou jogar-se todo ao mar,
num rabo de baleia;
ou sob a proteção de mãe d’água
milagrosamente ressurgir
e ganhar a terra novamente,
embora em cores derruídas.
Caminho sem volta é eternidade
sem bilhete.
Caminhante, alguém o aguardará
no beiço das veredas, se voltares.
Ir ou voltar sempre, não descaminhar.
Os caminhos apagam os rastos arrependidos.
*FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, poeta brasileiro, mora em Teresina - PI, vários livros publicados, completa agora 50 anos de poesia - "Areias", 1966, foi sua primeira obra pbulicada. Está reeditando sua obra num volume chamado de "Poesia in Completa", a sair ainda em 2016, pela Academia Piauiense de Letras, entidade da qual é membro permanente, cadeira nº 8.
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