segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MARXISMO CULTURAL: PEDOFILIA E MISOGINIA

Francisco Miguel de Moura*


            Karl Marx foi um grande filósofo, sem dúvida. Mas todos os filósofos, hoje, estão ultrapassados em seus raciocínios e intelectualismos, às vezes até doentios como os de Nietzsche.  Se queremos sentir algum sabor filosófico, na atualidade, teremos de recorrer aos grandes poetas. Só a palavra poética, jamais a discursiva, pode satisfazer-nos. “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”, de Fernando Pessoa, para exemplo, vale um tratado de filosofia. As doutrinas de Marx estão bastante ultrapassadas e desmoralizadas diante da realidade; as de Nietzsche, um tanto ou quanto, diante da desumanidade da humanidade maior que a que pregava. Como poeta, transpirou em três versos, o insofismável: “Amei e confesso a custo que amei uma mulher, velha de dar susto. O nome dessa mulher: Verdade”.  Já o Jean-Paul Sartre, o mais recente, falecido em 16-4-1980, confessa: “O homem é, antes de mais nada, um projeto que se vive subjetivamente. (...) O homem será antes de mais nada o que tiver projetado ser”. Mas o existencialismo, embora pareça uma negação, termina sendo um comunismo individual, sem considerar a sociedade, o todo, a humanidade. Sistemas todos impossíveis de ganharem prática.
Fiz estas comparações para chegarmos ao ponto em que considero o fim da filosofia – a passada. Ela toda não nos diz muito. Um poeta nosso, o Carlos Drummond de Andrade, escreveu que “Lutar com a palavra é a luta mais vã. / Entanto lutamos / mal rompe a manhã”, esquecendo que lutamos com a palavra também quando dormimos, no sono profundo, sem nada poder dizer. Eu digo: a noite é uma censura, embora seja também liberdade. Mas Drummond foi fundo quando disse: “No céu também há uma hora melancólica. / Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas. / Por que fiz o mundo? Deus se pergunta / e se responde: Não sei”. Filósofos e historiadores são escritores, pensadores pesquisadores do tempo. O poeta é quem sente e escreve o tempo e as circunstâncias, sem deixar de lado a tradição, porque o mundo é um acúmulo de tudo o que passou e que foi filtrado como bom para os homens. As guerras acabam levando alguma coisa, mas voltam ao ponto inicial: a paz. Enquanto duram as guerras, erros e tiranias confundem o que a maioria quer; na paz, o pensamento, os cantores, os músicos e poetas produzem com liberdade e equilíbrio. 

              Para mim, posso estar errado, e se estiver me corrija quem souber, a família é o início, o tronco, o meio e o fim da sociedade. Nada de bom se fará, destratando-a. Por esta razão a Revolução Russa, que queria trazer a novidade em tudo, o novo – segundo eles – sucumbiu em pouco tempo. Uma das primeiras mancadas dos revolucionários foi acabar com a família, jogando pais e mães contra filhos e vice-versa e os dispersando, pois considerava todos seus filhos – ou seja, filhos do Partido Único. E o que era o Partido? Eram os poderosos, uma nova classe numa sociedade sem classe, como proclamavam. Mentira! Formou-se a Nova Classe que mandava em todos: Para a guerra, para os desterros nas prisões e para todas as formas de castigo ou trabalho: a ciência, a arte, a educação, a imprensa, o campo... E os demais, os que apoiavam o Partido, formavam a burocracia, outra classe, e teriam um salário como empregados do Estado. E estes, quanto mais submissos e aduladores do Poder, mais ganhariam. É assim que começava a guerra surda, a guerra interna.

                Marxismo cultural, eis a sua prática, desviando-se léguas da doutrina marxista: o bem comum para todos. E isto chegou a todas as faces da União Soviética, enganando a todos, como se houvessem ganhado o eterno paraíso.  Daí, é claro, veio a liberdade sexual, digamos a libertinagem; veio a perseguição aos cultos e às famílias. E por trás de tudo, as práticas que desaguariam na pedofilia e misoginia. Os intelectuais se encarregavam de escrever e divulgar tratados e mais tratados que, intelectualmente, terminavam numa falsa cultura. Esse marxismo cultural é o que os “idiotas” da pseudo-ilosofia moderna querem transplantar para as Américas, países novos ou em formação, mais sensíveis ao que vem de fora, recebendo como se tudo fosse bom. Explicado o que é o marxismo cultural, vamos transcrever duas coisas que são divulgadas na mídia (tevê, internet, etc.), esclarecendo o que é pedofilia, o que é misoginia, advindas da expansão continental: o internacionalismo. A pedofilia é considerada uma perversão que leva o indivíduo adulto a sentir-se sexualmente atraído por crianças e/ou a prática efetiva de atos sexuais com crianças, por exemplo: estimulação genital, carícias sexuais, coito, etc. A misoginia é uma palavra que significa ódio, desprezo ou repulsa ao feminino e às características a ele associadas (mulheres ou meninas). Está, portanto, diretamente ligada à violência contra a mulher. É o antônimo de filoginia: - apreço, admiração ou amor pelas mulheres, embora o termo "filoginia" possa ser considerado preconceito benevolente. Estimulados por Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre - ela, autora de livros bastante divulgados, e ele, o filósofo do existencialismo - essas deturpações ganharam espaço. Eles mantinham um casamento à distância. Na época em que a França estava sob o domínio de Hitler (Alemanha). Pregavam a libertinagem, não a liberdade. Na Libertinagem não há limites, a natureza e o homem se pervertem, embora causem danos à humanidade. Já para a Liberdade há limites: Não somos apenas um, nós somos muitos. É uma tristeza que nas escolas oficiais do Brasil estejam ensinando às nossas crianças isto: “Vocês não têm sexo, criança não nasce com sexo”, filosofia didática que leva a mandar os meninos e meninas praticaram sexo antes que a natureza os dite. 

                   A natureza é nossa mãe, ou respeitamos, ou sofreremos as conseqüências.
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*Francisco Miguel de Moura, Escritor, Membro da Academia Piauiense de Letras (e-mail: franciscomigueldemoura@gmail.com)

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