segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sonetos inéditos: - O FIM DO AMOR


Francisco Miguel de Moura*





Tantas luzes outrora nas ribaltas,
Tantas provocações, desejos tantos!
Rolam soltos enganos e vaidades,
Perdidas emoções a cada instante.

Mais do que isto, Amor caiu doente,
Vitimado por séculos de orgias.
Se a festa da Amizade se traiu,
Veio do Amor, contaminado e triste.

Resta angústia, agonia... O que mais resta?
Resta que o mundo é mau e sem piedade,
E a ferrugem corroi tudo o que importa.

Escapa mal a vida, em via estreita,
Pois o Amor sem amor morreu faminto,
Anêmico, infeliz, com a boca torta.

_______________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, nascido no Piauí, mora em Teresina, a “Cidade Verde” de Coelho Neto – porque não há outra mais bela, mais verde e melhor de se morar. Este é o terceiro soneto da série “Sonetos Inéditos”.

3 comentários:

Anônimo disse...

Poeta teus versos me encantam e tua sabedoria é gigante.
Somente quem conhece tua essência pode avaliar teu valor inigualável.
Poeta de alma...anjo azul ...acalentador dos corações sofridos.
Mergulhas nas profundezas de minhas emoções e me arrancas suspiros
tingidos de sonhos em um universo onde a ordem é somente amar
siga em frente Poeta...o mundo sem Poesia perderia a cor, o aroma,
e a magia, deixe-nos sonhar contigo esse poema lindo que é a inspiração!
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Tais Luso de Carvalho disse...

O que dizer do amor se até ele morre contaminado e triste? O que dizer da vida se o mais belo e nobre sentimento adoece?
Lindo, lindo e triste poema.

Grande abraço, Chico.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Chico Miguel,
Aqui estou em visita a mais este seu blog, e li, com atenção, o seu poema "O Fim do Amor", cantando o amor e as mágoas que dele resultam. Um belo poema. Parabéns.
Um abraço.

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