Francisco Miguel de Moura*
Tantas luzes outrora nas
ribaltas,
Tantas provocações, desejos
tantos!
Rolam soltos enganos e
vaidades,
Perdidas emoções a cada
instante.
Mais do que isto, Amor caiu
doente,
Vitimado por séculos de
orgias.
Se a festa da Amizade se
traiu,
Veio do Amor, contaminado e
triste.
Resta angústia, agonia... O
que mais resta?
Resta que o mundo é mau e sem
piedade,
E a ferrugem corroi tudo o
que importa.
Escapa mal a vida, em via
estreita,
Pois o Amor sem amor morreu
faminto,
Anêmico, infeliz, com a boca
torta.
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*Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro, nascido no Piauí, mora em Teresina, a “Cidade Verde”
de Coelho Neto – porque não há outra mais bela, mais verde e melhor de se
morar. Este é o terceiro soneto da série “Sonetos Inéditos”.
3 comentários:
Poeta teus versos me encantam e tua sabedoria é gigante.
Somente quem conhece tua essência pode avaliar teu valor inigualável.
Poeta de alma...anjo azul ...acalentador dos corações sofridos.
Mergulhas nas profundezas de minhas emoções e me arrancas suspiros
tingidos de sonhos em um universo onde a ordem é somente amar
siga em frente Poeta...o mundo sem Poesia perderia a cor, o aroma,
e a magia, deixe-nos sonhar contigo esse poema lindo que é a inspiração!
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O que dizer do amor se até ele morre contaminado e triste? O que dizer da vida se o mais belo e nobre sentimento adoece?
Lindo, lindo e triste poema.
Grande abraço, Chico.
Caro Chico Miguel,
Aqui estou em visita a mais este seu blog, e li, com atenção, o seu poema "O Fim do Amor", cantando o amor e as mágoas que dele resultam. Um belo poema. Parabéns.
Um abraço.
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