terça-feira, 6 de agosto de 2024

 


ESTAÇÕES DO AMOR

               Francisco Miguel de Moura*

 

Quando roubei a luz dos olhos verdes dela,

Numa taça de sol, junho, manhã... Verão

Cheirando a primavera. O frágil coração

Batia-me a dizer: - “Sua rosa é aquela!”

 

Vivendo a vaidade, me fiz desatenção,

Só falando tolices, ganhei a prima/vera

Na esperança do amor de verdade (e não era).

Confundi veleidades da humana paixão.

 

Quantas vezes sua mão apertei com carinho,

Quantas vezes fizemos o mesmo caminho,

Beijos trocávamos pra vencer o inverno!

 

Mas a vida é cruel, cada um toma o rumo

De um final não sabido...  E fazendo o resumo

O outono me chega com as cores do inferno.

                                The. 10 de agosto de 2022

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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro

 

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