A GELEIA GERAL GELOU
Francisco Miguel de Moura*
“E como ficou chato ser moderno / Agora serei eterno”
Drummond
A geleia geral gelou,
Congestinada de
imagens "tevesivas",
Surda, fechou os
olhos
À luminosidade e ao
perigo.
O tempo está frio,
amor!...
Oh! Não ouço o que
dizes!
Só os poetas do fogo celeste
De letras e sons
invisíveis
Ainda se entendem em
seus fusíveis.
A música sumiu em ruídos
Mas a letra e o som
do poeta
Ainda vivem
Doloridos.
E rolarão por muitos séculos.
*Francisco Miguel de Moura, Poeta, mais de 30 livros publicado, elogiado por Carlos Drummond de Andrade. Traduzido em França, Espanha e Estados Unidos, e agora também na Itália. Mora em Teresina-PI, Brasil.
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2 comentários:
Estimado FMM,
Que prazer poético é ler mais um texto parido, assim, da lucidez destes dias digitais, por suas letras celestiais.
Evohe FMM!!!
As imagens prontas estão suprimindo a criatividade!
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