sábado, 20 de julho de 2024


 

A CAVERNA DE HOJE

              Francisco Miguel de Moura,

poeta brasileiro.

 

Perdidos nós, em hábeis mil encontros,

não em ruas e bares, noutros pontos,

pelas ondas do ar, por leves fios...

 

São sinais/memes ditos e não ditos

por forma impessoal... E como ruem

os brados diminutos que não vibram?

 

Sobram músicos, poetas e velhotes,

por perseguirem mudos musicais.

Nada há mais do que berros pervertidos

que vão fundindo às redes suciais.

 

Como fazer voltar à sã civil/idade

do homem, da natura, por iguais,

onde a noite é só noite e o dia é dia?

 

Sentimentos se vão ficando atrás

ao fogo da Caverna de Platão,

até os finais momentos do incapaz.

 

A vida já não chega, e se destrói,

por mal cruel, sem dor, artificial.

Perdido é o ser... E a alma se coroe. 

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