sexta-feira, 3 de maio de 2024

 

TRENURA MIÚDA

 

 Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.

     



 

 

Pelas coisas serenas me contenho,

se ternamente nasçam da vontade,

do amor e do carinho, da bondade

daquilo que mais prezo e pouco tenho.

 

Venham sutis carícias pelo vento,

beijos da natureza em nossa pele,

fazendo estremecer o que a impele

bem voar, pelo espaço em movimento.

 

Quero os pequenos vidros. Mais perfume

têm – que a filosofia não resume,

pois lhe faltam ternura e tentação.

 

Nas invisíveis coisas me retiro,

nelas canto e me encanto e mais suspiro...

Meu corpo inteiro é todo um coração.

 

 

 

 

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