MINHAS LAVRAS
Francisco Miguel de Moura*
Pa/lavras alho e cebola no rio
passado, pesado e medido
que se esfarinham em feiras,
nos caminhos: - Vida dividida
pelo pão de cada dia, o lençol
de cada noite imaginária, e ouvida
pelo galo das madrugas sem fio,
sem pavio, em noites germinantes
de sonhos: - sonos suspendidos
Pa/lavra
suando, lavrando
meu ser em dúvidas remidas,
que se erguem por dentro do espelho
de mim, portais e becos ressentidos.
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*Francisco
Miguel de Moura, poeta.
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