domingo, 19 de setembro de 2021

 


MINHAS LAVRAS

         Francisco Miguel de Moura*

 

Pa/lavras alho e cebola no rio

passado, pesado e medido

que se esfarinham em feiras,

nos caminhos: - Vida dividida

pelo pão de cada dia, o lençol

de cada noite imaginária, e ouvida

pelo galo das madrugas sem fio,

sem pavio, em noites germinantes

de sonhos: - sonos suspendidos

 Pa/lavra suando, lavrando

meu ser em dúvidas remidas,

que se erguem por dentro do espelho

de mim,  portais e becos ressentidos.

_____________

          *Francisco Miguel de Moura, poeta.

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