DESCAMINHANDO
Fracisco
Miguel de Moura
Caminho tortuoso e
sem volta
é condenação ao
desespero.
Melhor fingir no amor
ou jogar-se todo ao
mar,
num rabo de baleia;
ou sob a proteção de
mãe d’água
milagrosamente
ressurgir
e ganhar a terra
novamente,
embora em cores
derruídas.
Caminho sem volta é
eternidade
sem bilhete.
Caminhante, alguém o
aguardará
no beiço das veredas,
se voltares.
Ir ou
voltar sempre, não descaminhar.
Os caminhos apagam os
rastos arrependidos.
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*FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, poeta brasileiro, mora em
Teresina - PI
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