Na tentação de ter muitos caminhos,
Andei, corri o mundo de meu Deus,
A ignorar a figura dos vizinhos,
Apagando os seus passos sob os meus.
Na ânsia de galgar milhões de anos,
Redescobri o mundo descoberto
E o que veio depois, por meus enganos:
Miragens fúteis, secas do deserto.
Dedos e tentações em desalinho,
Alma penada a suspirar arcanos,
De mim perdido, abandonei o ninho,
Cuja falta levou-me aos desenganos.
Natimorto e parado, em desatinos,
Errei na encruzilhada dos caminhos.
Teresina, 29-8-2014
__________________*Francisco Miguel de Moura - Poeta e sonhador, mora no Piauí. Soneto perdido e refeito, se não conseguisse faria outro -mesmo não experimental, sem rima e sem métrica, porém dissesse tudo em 14 versos melódicos.
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