ESCOLHA
Do útero desperto
o caolho menino
fotografa o mundo
o tempo e a rua.
Tudo longe e perto.
Do nada que lhe sobra
soçobra uma réstia
de restos.
Só o rosto flutua.
O QUE É O PODER
se corre do pé ao peito
a raiz que não se apanha
vem gana
se o cuspe seca da boca
a cada palavra ou senha
empena
engana
se nas transfigurações
sente um peso nas entranhas
fere até o rei daqui
ou de Espanha
com brisa jamais se empenha
o poder, dourada aranha
arranha
a pele dura acoitada
perdida entre sonho e sanha
SÊ/MEN
O sêmen semeia
a semente da hora.
O sêmen não chora,
supira na senda,
Em livre cadeia,
na busca do novo.
O sêmen não morre:
- Vida que aflora,
Ou água, ou suor
que voa...Revigora
e some nas estrelas.
Sêmen, sumo, saber,
sopa e vitória.
Há séculos e séculos
faz história.
Salve o sêmen que vence
e aquele que evapora.
The. 11 de outubro de 2009
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*Poemas Inédios de Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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