Roberto Frost (1874-1963)*
Poema
THE OVEN BIRD
There is a singer everyone has heard,
Loud, a midsummer and a midwood bird,
Who makes the solid tree trunks sound again.
He says that leaves are old and that for flowers
Midsummer is to spring as one to ten.
He says the early petal fall is past
When pear and cherry bloom went down in showers
On sunny days a moment overcast;
And comes that other fall we name the fall.
He says the highway dust is over all.
The bird would cease and be as other birds
But that he knows in singing not to sing.
The question that he frames in all but words
Is what to make of a diminished sing.
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*Robert Frost é um poeta norte-americano,
nascido em 1874
e falecido em 1963
AVE SINGULAR
Francisco Miguel de Moura*
Tradução
Há uma ave exótica de quem se ouve
O canto da flora e do cerrado, é ave
Que tira aos troncos contínuado som.
Diz às folhas que caiam, diz às flores,
Ainda verão, que chega a primavera.
E diz, nas pétalas caídas, o passadoAinda verão, que chega a primavera.
Quando cereja e pera também caem,
E horas sem sol do dia ensolarado;
E vêm as outras quedas, que é outono.
E diz mais: a poeira sobre o mundo.
E a ave cessaria com as que calam,Pois sabe bem cantar pra seu ouvido.
A questão é calar, pois tudo fala,
Se o seu eco é um canto diminuído.
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Francisco Miguel de Moura, poeta e tradutor brasileiro, contemporâneo, residente no Piauí, membro da Academia Piauiense de Letras e da IWA (International Writers and Artists Association), Toledo, Estados Unidos. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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