quarta-feira, 23 de setembro de 2009
O QUARTO
Francisco Miguel de Moura*
O quarto é um sólido, só 4 paredes,
porta (importa?) e nenhuma janela.
Aí comungo com o espírito.
Os espíritos são belos
na comunhão dos corpos.
A rua não é meu abrigo,
enfrento carro, poluição, proibição.
pedinte e ladrão – todos
de sangue e nenhum leite.
Suado, sujo, alquebrado,
o escuro me importa.
Qualquer dia fecho a porta
enquanto não me fecham.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
e-mail; franciscomigueldemoura@superig.com.br
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