segunda-feira, 25 de maio de 2009

UM RIO EM CHICO MIGUEL



Adalberto
Antônio de Lima*



Temporariamente eu estava no Rio. Numa dessas idas e vindas que ocorrem várias vezes no ano, apanhei a crítica-ensaio de Deolinda Marques que o Chico Miguel de Moura havia postado nos Correios pra mim. Nadei nas águas do Poti, do Parnaíba e do Riachão, lendo Deolinda Marques reportar-se ao “Universo das Águas”, “Bar Carnaúba” e a outras obras de Francisco Miguel de Moura.

Em seu ensaio Deolinda Marques não esqueceu os amigos Gilson Chagas e Ozildo Batista de Barros, também meus amigos... Mas não conheço a Deolinda, senão pelo que li. Foi muito bom esmiuçar as obras do Chico, e a Deolinda fez isso de forma admirável.

Encontrei também em meu endereço do Rio um artigo publicado pelo Chico Miguel, no jornal “O Dia”, de Teresina, edição de 24 de janeiro de 2009, sobre nossa “Senda de Flores e Espinhos” e um cheque de devolução do valor pago pela “Fortuna Crítica” de Francisco Miguel. Ele diz: “Não sou antropófago para beber o sangue e o suor de meu semelhante”.

Vou guardar tudo isso em meu baú de lembranças. Na verdade, fui seu colega de banco, mas a maior semelhança que eu queria ter com o Chico é na arte de mergulhar no universo das letras.
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*Adalberto Antônio de Lima, escritor brasileiro, mora no Rio. Já publicou "Senda de Flores e Espinhos", além de outros títulos. Cronista num estilo bem desataviado, saboroso, com a virtude de mostrar a linguagem e os costumes do povo e da terra do Piauí, onde tem suas origens.
(Este artigo foi publicado na Usina de Letras como ensaio)

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