terça-feira, 28 de abril de 2009
O HOJE
Francisco Miguel de Moura*
certamente ainda te adias
pois teus olhos se clareiam
ante a brisa e a paisagem
o hoje é tudo o que se tece,
que bem tecido é odor, sabor e prece
em indistintas simetrias.
o amanhã não é teu dia
se hoje não tiveres empatia
com o razoável mundo e o sem-razão.
o ontem não tem clave se te agravas
em sentimento de ódio e entropia
como veio
de teu canto, em toda a via.
colhe a flor que está à mão.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina - PIAUÍ - BRASIL
Do livro Poesia in Completa, nova edição, menos incompleta
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