
Luz e sombra dão na mesma cor
dos olhos e do carinho.
Dizem que amor não some,
renasce do lodo, mansinho.
Mas preciso agora escutá-lo,
não abandono o que ganhei,
neste momento, sobretudo,
quando tentam riscar o passado.
Lábios e corações, ó, não se fechem,
os olhos têm a última esperança.
Que reste sempre um fio de cabelo
no tempo de cada um, nas entranhas.
Um vintém de qualquer aventura
para os que não conseguem
nessa margem se perder.
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário