JURACI
– SONETO
Francisco Miguel de Moura*
Juraste
a mim? A ti?... Sonhar errei,
num
espaço de tempo tão pequeno,
pois
que eu pisava simples, num terreno,
onde
teu pai, somente, era o teu rei.
Na
manhã calma, eu era o professor,
havia
outros alunos, tão presentes,
que
tudo viram, não como inocentes,
brilhar
um raio forte... Era do amor...
Num
minuto, tremeu o que era mão,
preparando
o que em nós seria um beijo...
Manhã
de sol... Um belo acontecer!
Mas,
de repente, param... Como não!?
Abriu-se,
em nim, no pobre coração
A
cicatriz do que não pôde ser pôde ser
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*Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro.







