PARA
A MULHER
Francisco Miguel de Moura*
Ela
tem a beleza dos meus dias
E
muito mais de tudo o que não vejo,
Tem
o quanto não tenho, mas desejo,
E
assim desmancha as nossas nostalgias.
Desde
a manhã à noite, sem desvios,
Com
tanto amor a tanto nos embarga
Lá
no porão do sangue onde se alarga
Como
se fosse um rio entre dois rios.
E
bem maior, se é longa a travessia
No
casamento ou fora... Quem diria?!
Ela
sofre o ciúme e o amor que cala,
Mas,
na vida, não deixa de ser forte,
Vence
a dor, o desprezo, vence a morte,
Desde
que é sempre o coração quem fala.
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Teresina,
08/03/2025
*Francisco Miguel de Moura , poeta
brasileiro.
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