SOMBRA
Francisco Miguel de Moura*
Tenho lido e relido em vários
tomos,
E não vejo do tempo a
claridade.
O amor, que era brinquedo,
por vaidade,
Hoje só mostra a palhaçada,
os momos.
O passado é a sombra do que
somos:
Alegrias, tristezas, com
saudade.
O passado é perfume, é
amizade
Ou o que restou dos nossos
cromossomos.
Não sei se o sol fugiu de mim
tão cedo
Que nem lembro seus raios no
arvoredo,
Nem me cegou sua luz por
ofuscante.
Por que é que a vida me saiu
tão triste?
Não sei nem quero. Mas,
enfim, resiste,
A merencória sombra em cada instante.
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*Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro
Um comentário:
"O passado é a sombra do que somos" . E se evoluirmos?
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