sábado, 7 de setembro de 2024

  


O FIM DO AMOR

 

                         Francisco Miguel de Moura*

 

Tantas luzes outrora nas ribaltas,

Tantas provocações, desejos tantos!

Rolam soltos enganos e vaidades,

Perdidas emoções a cada instante.

 

Mais do que isto, Amor caiu doente,

Vitimado por séculos de orgias.

Se a festa da Amizade se traiu,

Veio do Amor, contaminado e triste.

 

Resta angústia, agonia... O que mais resta?

Resta que o mundo é mau e sem piedade,

E a ferrugem corrói tudo o que importa.

 

Escapa mal a vida, em via estreita,

O Amor sem amor morreu faminto,

Anêmico, infeliz, com a boca torta.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro

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