MEU
TRISTE IPÊ
Francisco Miguel de Moura*
Há
muitos dias, esperei, em vão,
que
o meu ipê, que vejo da janela,
me
aparecesse pra bordar o chão,
o chão da minha e nossa manhã bela.
Ver
o amarelo amado da bandeira
deste
país que herdamos pela luta,
de
natureza amiga e verdadeira,
contra
o triste labor da vida buta.
Olhei
pro chão e vi que estava seco,
nascido
entre dois prédios, sem o eco
que
vêm das ruas, sempre a fustigá-lo.
Recebendo
pouca água lá dos céus.
meu
coração balança a pranteá-lo...
Vejo a morrer o meu ipê, meu Deus!
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Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro. / set.2024
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