quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 


ESTAÇÕES DO AMOR

 Francisco Miguel de Moura*

         

Quando roubei a luz dos verdes olhos dela

Numa taça de sol, junho, manhã... Verão

Cheirando a primavera. O frágil coração

Batia a me dizer: – “A sua rosa é aquela!”

 

Vivendo a vaidade, me fiz desatenção,

Só falando tolices ganhei a prima/vera

Na esperança do amor de verdade (e não era),

Confundi veleidades da humana paixão.

 

Quantas vezes sua mão apertei com carinho,

Quantas vezes fizemos o mesmo caminho

Beijos trocávamos pra vencer o inverno.

 

Mas a vida é cruel, cada um toma o rumo

De um destino in sabido... E fazendo o resumo,

O outono me chega com as cores do inferno.

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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.

2 comentários:

Unknown disse...

Quantas paixões apertaram-se as mãos! Quantos amores dissolutos, nos tempos vividos! Quanta sentimentalidade nesse poema, poeta Chico Miguel!

Nonato Cipriano.

CHIICO MIGUEL disse...

Uma leitura de um poema meu, considero um troféu que recebo. Obrigado, confrade Nonato Cipriano.
Francisco Miguel de Moura.

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