sábado, 1 de fevereiro de 2020

SEM SAL... Reeditado

 Francisco Miguel de Moura 





Sem sol, diante de mim,
solidifico a solidão!...

Petrifico-me no gelo,
molho as mãos em pedras
que me ferem a mente
e me deixam sem poesia...

Vem, ó sol, e me derrete,
quero ir para os ares,
nas asas de uma gaivota...

Deus, inda posso escolher?

Se não for com os arcanjos,
deixai-me com as sereias,
na voz de todas as ondas... 

Que me joguem na areia!...
à espera do que não veio!
         _______________________
                   Theresina, 04/02/2020

                   

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