Francisco Miguel de Moura*
Vou mudar-me de casa
brevemente,
Já me antecipo ausente do
jardim
Tão florido e gostoso, e se
tem lua,
As estrelas brilhando para
mim.
Nem por isto, me encontro
descontente.
Nada acontece qual se fosse o
fim,
Terei um quarto e vento, e
irei à rua...
Voltarei limpo, a vida
quer-me assim.
Não bebo mais cerveja. Pouco
vinho
Tomo em casa, seguindo o bom
caminho
do fraco coração que inda me
vela.
Das estrelas que vejo (ah!
não sou tolo!)
Ouvindo a que é mais doce e
que é mais bela,
Levo-a comigo para o meu
consolo.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro:
para memória dos que vierem depois
de mim.
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