Francisco
Miguel de Moura nasceu a 16 de junho
de 1933, em Picos – Piauí – BR. Formado em Letras (1973) e pós-graduado em
Crítica de Arte (1985). Editor das revistas Cirandinha
e Cadernos de
Teresina. Professor, conferencista,
poeta e prosador. Participou de concursos de poesias, contos, crônicas e
romances em todo o país, ganhando prêmios valiosos. Co-autor do Dictionary of Contemporary Brazilian Authors
(Universidade do Arizona – USA), 1981, e de diversas obras bibliográficas, no
Brasil.
Tem artigos críticos publicados no
Suplemento Literário de Minas, no DO Leitura (SP), no Diário dos Açores
(Portugal) e na revista Vozes (RJ), no Jornal de Letras (RJ), entre outros
jornais e revisas do Brasil e de Portugal. Publicou nas revistas Poema Convidado, International Poetry,
Literatura, Poesia para Todos, Almanaque da Parnaíba, Jalons, Clarín, Lea,
Presença, entre outras, sem falar de Cirandinha
e Cadernos de Teresina.
Obra
poética: Areias (1966); Pedra
em Sobressalto (1974); Universo
das Águas (1979); Bar Carnaúba (1983); Quinteto em Mi (m) (1986); Sonetos
da Paixão (1988); Poemas
Outonais (1991); Poemas Traduzidos (1993); Poesia in Completa (1997); Viragens (2001); Sonetos Escolhidos (2003);
Antologia (2006). Participou da
antologia Contemporary Brazilian Literatura (Universidade do Colorado – USA
1986) e de outras antologias no
Brasil, Portugal, Espanha e Austrália.
MANHÃ E POEMA
Francisco Miguel de Moura
Francisco Miguel de Moura
Reverberar
do alvor(e) ser,
viva na terra o direito de amar!
O cego vê, Deus se extasia.
O poeta alavanca palavras,
arreda nuvens,
destravando o olhar.
O poema silencia o trovão
quando o raio da palavra espedaça o ar.
A manhã se clareia para que a nau/tureza
trabalhe e acenda o peito de cada um.
Eis que o poema se desvirgina
e que vida e movimento se declaram
canção.
viva na terra o direito de amar!
O cego vê, Deus se extasia.
O poeta alavanca palavras,
arreda nuvens,
destravando o olhar.
O poema silencia o trovão
quando o raio da palavra espedaça o ar.
A manhã se clareia para que a nau/tureza
trabalhe e acenda o peito de cada um.
Eis que o poema se desvirgina
e que vida e movimento se declaram
canção.
SO/NETO DA CASA
ao
poeta Francisco Carvalho
A
casa escura é luz em cada vão,
É
porta aberta para o bom caminho,
Ouve
as vozes da rua em desalinho,
Não
se desfaz na dor da solidão.
Altar,
a casa é um rosto purpurino,
De
festa, de alegria e de ventura,
É
santa e mãe que espera e se amargura
Ante
o grito de dor do seu menino.
De
madrugada, a casa é voz de sino,
Adivinhando
o dia e seu destino,
E
a noite quando volta a solidão.
Amor,
a casa acolhe, mas liberta
Logo
que chega o tempo, a hora certa,
E
só saudade guarda em cada mão.
Francisco Miguel de Moura
The, 13/05/2010
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