sábado, 12 de outubro de 2019

POEMAS in THE MOON LIGHT OF COREA



Francisco Miguel de Moura nasceu a 16 de junho de 1933, em Picos – Piauí – BR. Formado em Letras (1973) e pós-graduado em Crítica de Arte (1985). Editor das revistas Cirandinha e Cadernos de Teresina. Professor, conferencista, poeta e prosador. Participou de concursos de poesias, contos, crônicas e romances em todo o país, ganhando prêmios valiosos. Co-autor do Dictionary of Contemporary Brazilian Authors (Universidade do Arizona – USA), 1981, e de diversas obras bibliográficas, no Brasil.   
      Tem artigos críticos publicados no Suplemento Literário de Minas, no DO Leitura (SP), no Diário dos Açores (Portugal) e na revista Vozes (RJ), no Jornal de Letras (RJ), entre outros jornais e revisas do Brasil e de Portugal. Publicou nas revistas Poema Convidado, International Poetry, Literatura, Poesia para Todos, Almanaque da Parnaíba, Jalons, Clarín, Lea, Presença, entre outras, sem falar de Cirandinha e Cadernos de Teresina.
Obra poética: Areias (1966); Pedra em Sobressalto (1974); Universo das Águas (1979); Bar Carnaúba (1983); Quinteto em Mi (m) (1986); Sonetos da Paixão (1988); Poemas Outonais (1991); Poemas Traduzidos (1993); Poesia in Completa (1997); Viragens (2001); Sonetos Escolhidos (2003); Antologia (2006). Participou da antologia Contemporary Brazilian Literatura (Universidade do Colorado – USA 1986) e de outras antologias no Brasil, Portugal, Espanha e Austrália.
       
MANHÃ E POEMA

             Francisco Miguel de Moura


Reverberar do alvor(e) ser,
viva na terra o direito de amar!
O cego vê, Deus se extasia.

O poeta alavanca palavras,
arreda nuvens,
destravando o olhar.

O poema silencia o trovão
quando o raio da palavra espedaça o ar.

A manhã se clareia para que a nau/tureza
trabalhe e acenda o peito de cada um.

Eis que o poema se desvirgina
e que vida e movimento se declaram
canção.


  SO/NETO DA CASA    
                     
                          ao poeta Francisco Carvalho

A casa escura é luz em cada vão,
É porta aberta para o bom caminho,
Ouve as vozes da rua em desalinho,
Não se desfaz na dor da solidão.

Altar, a casa é um rosto purpurino,
De festa, de alegria e de ventura,
É santa e mãe que espera e se amargura
Ante o grito de dor do seu menino.

De madrugada, a casa é voz de sino,
Adivinhando o dia e seu destino,
E a noite quando volta a solidão.

Amor, a casa acolhe, mas liberta
Logo que chega o tempo, a hora certa,
E só saudade guarda em cada mão.

                              Francisco Miguel de Moura
                                    The, 13/05/2010




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