Francisco Miguel de Moura*
Porque ris, o universo me balança.
Sinto o céu e terra que te
tocam.
Rio eu também, contigo, ó
juventude,
por me contares tantas velhas
queixas,
que amor envelhecido é vinho
amargo.
Num átimo, surgiste em meu
caminho.
Quem, então te abraçou, em
vez de mim?
Fiz loucuras, paixões e quis lutar,
de faca e foice... Joguei braços
pro ar.
Pus outras penas. Pendurado e
grave,
pejo de anjo rebelde e
condenado,
troquei asas, cor, rumo... Quanto
abismo!
E te espero no espaço entre
céu e terra,
de mãos abertas e sorriso nos
dentes,
para viver o amor que não
vivi na pele.
*Poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí, Brasil: Este poema foi considerado divino
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