Os nomes, que importam os nomes?
Eurico, Anaclete,
Geraldo, Valquíria,
o que levam no orvalho das sílabas?
Se Maria fosse, e não Ismênia,
teria mais sorte
ao passar dos dias?
Ao invés de Clemente,
de Bel se chamasse,
mais perto estaria de algum paraíso?
É de lei cada qual consigo levar
um nome
cravado no umbigo.
Bonito, enérgico,
simplório, erudito;
é sempre um chamado à vida.
No afã de servir
ao seu dono ou à dona,
combina no íntimo espelho?
Não nego. Pudesse daria meu nome
por esse que, caprichosamente,
teus lábios inventam.
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*Alcides Buss, poeta catarinense, que o conheço há alguns anos, quando estive em Florianópolis (SC). Poeta dos bons, agora completa 80 anos, por isto lhe faço este presente, fazendo-o conhecido no Piauí e a quem interessar possa acessar este meu blog (Francisco Miguel de Moura, quem me deu autorização de publicá-lo)
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