Um poema sem meta
Para quem não me quis,
Mesmo que esse alguém
Que a gente quis e não nos quis
Seja apenas um malmequer
Em forma de mulher
Que a gente desfolha
(Ou descarta?)
Pelo prazer do jogo
Com quem às vezes se tem
E mil vezes passa e não vem.
É que só assim desfolhando,
Deflorando
Devorando
Sua alma sem palma como veio
Talvez se pudesse extrair
Uma luz da escuridão-cometa
E veria como se ama até uma coisa torta,
Suja e morta, em pedaços:
Uma folha de papel em pedra
que aparece apenas uma só vez.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí, seu e-mail:franciscomigueldemoura@gmail.com
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