sexta-feira, 26 de maio de 2017

NÓS ÉRAMOS FELIZES E NÃO SABÍAMOS!...

Francisco Miguel de Moura
Escritor brasileiro, membro da Academia de Letras do Piauí


Dividimos nossa crônica de vida, em duas partes: ANTES e DEPOIS DE LULA, com raiva por ter que falar no nome desse “analfa”, psicopata que nos governou e pretendo novamente avançar no poder do Estado. ANTES DA ERA LULA, nós éramos felizes e não sabíamos, podem acreditar. Classe média, desfrutávamos de tudo quanto era possível, e muito foi possível. Desde a tranquilidade do trânsito quanto a segurança das ruas. De noite, cadeiras nas calçadas, o pessoal vizinho vinha pra conversar e participar do cafezinho cheiroso da dona da casa. Ao passo que a população foi crescendo, a gente ia rumando para as praças e os cinemas,bares e restaurantes, especialmente na Pedro II. Andava-se sem susto, a pé ou de ônibus. Se esquecesse alguma coisa, voltava, procurava e encontrava. Saísse de casa de manhã tendo a certeza de voltar para o almoço e, depois na parte da tarde, para a janta. Homicídio era coisa raríssima. Os presos se aquetava em suas prisões até o fim da pena.

Não podemos esquecer: Era linda a travessia entre Timon e Teresina, em barcos. Do que me vem à memória eu vou contando. Cheguei a Teresina com o ânimo definitivo de vir morar e aqui fiquei. Trabalhando no Banco do Brasil. Ficamos, eu e a família, os maiores estudando e a mãe cuidando dos outros. Vinha do interior da Bahia, cidade denominada Itambé, onde meu filho Francisco Miguel de Moura Júnior nasceu. Depois, já há alguns anos, nos juntamos as três famílias: a minha (eu, Mécia e Mecinha), a de Laudemiro Miguel Morais Moura (Mônica, Lucas, Davi e Mariana) e a de Miguel Júnior(Ana, Tainá e Tairine). Ele nascera em em Itambé. Esqueci de dizer que Laudemiro (Lau) nasceu em Vitória da Conquista, também na Bahia. O Franklin Morais Moura não foi nem o Fritz Miguel Morais Moura, não me ocorrem as razões da NÃO adesão a nossa viagem. Talvez por que o Franlklin nasceu em Picos e o Fritz, em Teresina.

Estávamos no período da DITADURA MILITAR, que, para tanto não nos incomodou. Eu não era comunista, eram os comunistas que estavam sendo perseguidos. Sempre me declarei um social democrata. Naquele tempo viajava-se na maior tranquilidade. Tão diferente de hoje, onde os assaltos a ônibus e carros particulares são comuns. E por isto nos causam medo. Medo! Hoje vivemos com medo de tudo.

Mas aquela viagem foi tranquila. Partimos de Teresina, minha família e a de Miguel Júnior, com pequeno estágio de 3 ou 4 dias em Salvador. Júnior tinha muito interesse em conhecer a cidade onde apenas nasceu. Laudemiro queria também rever Vitória da Conquista, cidade natal. Itambé não tinha crescido quase nada. Mas a cidade, vista do alto da Serra de Conquista, é uma maravilha. E Miguel Júnior passou a dizer que ela é um bairro de Salvador (gozação), mas eu e o Lau, para confortá-lo concertamos: - “Que Itambé não seja um bairro de Salvador, tudo bem, mas pode ser e é um bairro de Vitória da Conquista”.

Se naquele tempo Itambé era despossuída de um bom comércio, quase tudo se ira comprar em Conquista, tivemos a constatação de que continuava do mesmo jeito: médico, hospital, grande mercado, é lá mesmo que todos vão, subindo ladeira, descendo ladeira, vendo bonitas paisagens, vendo roças de cacau e fazendas de capim e bonito gado vacum.

Fomos, voltamos e chegamos a Salvador em paz. Lá, em Itambé, eu chorei visitando o cemitério e vendo a cova que Fulton estava sepultado: Fulton, que lá chegou com 6 meses. E depois, misteriosamente, ou porque os médicos eram incompetentes, falece. Tinha 6 meses. Para ele fiz poemas lindos, já naquela época, 1962, logo depois da morte. E continuo fazendo. Digo-me e aos meus familiares que Leônidas Fulton é nosso Anjo da Guarda, no Céu, que está nos esperando para receber quando a gente chegar lá.

Voltamos cansados, mas felizes por ter reconhecido mais estas cidades da Bahia (Itambé e Conquista) e observar que estavam mudadas. Tudo muda, tudo o que é feito por Deus e o que é feito pelo homem. Francisco Miguel (eu) e Miguel Júnior (meu filho) com nossos familiares passamos para Teresina, enquanto Laudemiro Miguel Morais Moura ficou em Salvador, onde ainda mora.

Agora, nossa família de 4 filhos moram aqui com suas famílias (Mécinha ainda é solteira, esclareça-se), e Laudemiro Miguel, em Salvador – BA. É claro que, dentro das possiblidades do momento, somos felizes, unidos, amando uns os outros. Damos graças a Deus por tudo isto. Mas a situação do Piauí talvez seja a mais precária, difícil do que de muitos Estados: a violência grassa, o medo gela, as atividades produtivas estão quase paralisadas. Isto começou DEPOIS DA ERA LULA – ele com sua sucessora e com o seu PT – vinte anos de poder… Teresina, a linda capital do Piauí, fundada por Saraiva, tornou-se um amontoado de bairros (que no Rio se chamariam de favelas). A pobreza aumentou muito. No campo também. As secas sucumbem. As estradas, um horror.

Falado de Brasil, Miriam Fraga, até boa como jornalista, escreveu um livro contando as vantagem que esses anos de ditadura civil de Lula e cumpinchas acrescentaram como positividade para a história do país. Ela engana-se redondamente. Esses foram só de sofrimento, de anarquia, ninguém respeita mais nada, nem a propriedade privada nem a público. Os ladrões e assassinos, de arma em punho, entram na residência de qualquer cidadão, roubam, estupram, matam... Vivemos em polvorosa, uma guerra civil intestina (se me permitem o pleonasmo) está Começando e vai estourar: droga, bandidos, moleques de rua (assegurados pela nova lei de menores). Quem duvidar, aguarde. 

Hoje menor não pode trabalhar, mas também não vai à escola mesmo porque não tem escolas que prestem, os pais não se incomodam – só querem a bolsa-família – e sair flanando por aí, arranjando mais mulheres, deixando mais filhos… Nossa população baixou de nível: moral e ético, nosso povo empobreceu dezenas de vezes nesta ERA MALDITA do LULA. Tomara que ele não se meta a ser candidato a nada, pois já tem não se sabe quantos processos nas costas, além da má fama que ganhou aqui e no exterior e da "FURTUNA" (com U) quer não consegue provar, embora seus amigos sejam os maiores tubarões do planeta. Políticos de nosso Brasil, por favor, pensem bem o que estão fazendo. 

Ainda haverá algum que não seja corrupto? Pois que tome a peito salvar o Brasil e nosso povo. Levante-se e aja.
                                                                 *****

          (Crônica publicada no jornal "O Dia", de Teresina, Piauí, em 27/28-5-2017, pg. 6 - Opinião
      

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...