Assim
tão próximo ao Dia das Mães, eu não deveria escrever sobre os
desmandos do mundo. Sobre os ditadores, sobre os terroristas, sobre
os psicopatas, sobre os empedernidos em doutrinas tão prejudiciais
como a do comunismo e quejandos. Mas são tantos no mundo os
ditadores e os terroristas de toda natureza, no mundo atual! Que
fazer? Escolher alguns por referência. E depois passar para outros
assuntos dignos de uma crônica.
Como
iniciei, eu deveria escrever sobre o sofrimento do povo da Venezuela,
que a única esperança que têm é emigrar para o Brasil, em vez de
ficar sofrendo fome e cadeia pela vergonhosa ditadura que sofre o
país, sob a direção de um monstro chamado Nicolau Maduro. Para mim
ele está apodrecendo, mas muito devagar. Irá até quando?
Eu deveria lembrar (como não lembrar, ó Deus!) o sofrimento do povo
sírio, sem nenhuma alternativa a não ser a de ficar no meio do fogo
cruzado que faz o ditador Bachar al-Assad contra os pobres sírios,
que até pouco se sentiam tranquilos em seu país. Agora, às vezes
nem fugir não pode a pobre população. E fugir para onde? São
tantos os dilemas! Guerra é o flagelo dos diabos, do Demônio. E as
potências mundiais ficam de mãos atadas, sem saber o que fazer, sem
concordarem. E, enquanto não, vem fogo da Rússia, vem fogo dos
Estados Unidos e de outros países, e a guerra continua cada vez mais
confusa. Bashar al Assad já matou tanta gente que nem sabe a conta.
Já houve quem dissesse que ele pratica um crime contra a humanidade
e assim deverá ser julgado. Outros o praticaram: Fidel Castro quando
invadiu a Angola, foi um horror. Esse outro monstro, da Coreia do
Norte, mata seu povo de fome para investir em foguetes e armas
atômicas e assim horrorizar o mundo. De um momento pra outro tudo
pode explodir. Meu Deus!
Não
há quem não se condoa com o sofrimento do povo, a qui e ali, mesmo
visto de distâncias enormes como costumamos ver pela tevê e
internet. E os terroristas do Islã, outra praga que se abateu
contra o mundo, valendo-se de interpretações errôneas e cruéis
querem tornar-se poderosos à custa de Maomé e dominarem o mundo.
Matando populações inteiras e se imolando a si próprio na
esperança de ganharem um paraíso com mais de mil virgens. Não sei
se isto é triste ou imundo.
Da
África, fugindo de males parecidos, os africanos, que não diferem
muito dos problemas apontados, e também da fome, e se aventuram
pelo Mediterrâneo buscando um abrigo na Itália e noutros países
europeus, no caminho encontrando a morte, quando não acontece
aparecer um barco salvador. Este mundo está de tal forma intranquilo
que não dá para pensar-se uma crônica suave, uma poesia, uma forma
distinta de viver sem ser a de ter medo, a de ficar preso em casa, a
de restringir as atividades, a de ficar cada vez mais descrente de
que um dia isto tudo pode acabar numa boa.
DIZEM
QUE NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE NEM MAL QUE NUNCA SE ACABE. Mas
precisamos de um bem que dure algum tempo. E este bem é a paz para
se sobreviver.
Um
escritor francês, cujo nome esqueci, disse: “No
mundo atual, o melhor que o homem faz é não sair do seu quarto e
assim ficar livre dos malfazejos que infestam as ruas”.
Não o cito ipsis
litteris
mas o conteúdo é esse. Parece uma gracinha de quem acha que tudo
está perdido e que é preciso alegrar-se com o nada e sorrir como um
escárneo.
Agora,
um bom vento me soprou e vou ver se falo em coisas menos árduas: o
amor, a fortaleza do amor de mãe e a grandeza da mulher. Fiquemos
certos, nós homens, diante da mulher, que não valemos nada. Quem
está fazendo todo esse barulho no mundo? Os homens. Infelizmente os
homens nascem guerreiros, precisam de buscar alimentos, precisam de
território para caçar e pescar, isto na tribo. Mas o governo é
sempre a mulher quem organiza. Da tribo ao reinado. O mundo
modificou-se. Criamos cidades. Criamos indústria. Criamos remédios
e vacinas. Mas também armas. Antes de tudo, a civilização deveria
ter inventado a escola: o que deveríamos fazer e o que evitar. Aí
foram aparecendo as religiões, umas boas outras não, uma boas que
se transformam em más, outras más que se transformam em boas.
Vieram os profetas, os mandamentos, as leis. É preciso que
obedeçamos à primeira: a LEI DA CONSCIÊNCIA. É o sentimento
profundo que Deus dá a cada um. Sem esse, não haveria humanidade.
Não haveria tanta gente vivendo, bem ou mal, neste (outrora) chamado
paraíso, a Terra. É com a consciência do BEM e do MAL que
construímos tudo de bom até agora. Precisamos ter essa consciência
cada vez mais afinada de que “aquilo
que faço contra os outros vai recair sobre mim, certamente”
e de que “tudo
o que fizermos de bem, esse bem retorna para nós mesmos”.
Creio
que a maioria da população do globo perdeu a consciência, perdeu
esses parâmetros do BEM e do BEM, dos bons costumes, da moral e da
ética até então construídos. E é por isto que vamos mal, muito
mal, marchando para o Apocalipse. É o fim do mundo que está
próximo, ninguém se iluda. A menos que venhamos a dar uma rodada de
180 graus, para recomeçar.
Não
adianta fiar-se em sonhos de ouro nem de outro planeta para onde
possamos ir, quando este acabar. Não terá planeta nenhum que
suporte tanta maldade. Nem vão descobrir nenhum que tenha água. E
se o descobrirem, não chegarão lá, pois as distâncias são
enormes, quase ou digamos infinitas, só Deus conhece.
Conclamo
a todos que tenham esperança. Mais: que tenhamos fé em Deus criador
do Universo e, a partir daí, tentemos reconstruir tudo o que já
destruímos: a história, a luta, as conquistas, a verdade, o amor,
inclusive nossa alma espiritualizada.
Preciso
terminar aqui com uma frase belíssima, do Papa Francisco, que é
também o título de um livro: - “O NOME DE DEUS É MISERICÓRDIA’.
Se
não for a mão de Deus e dos seus filhos mais diletos, na fé e nas
boas obras, nada escapará. As guerras tocaram fogo no mundo.
__________________
*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, autor desta pág. e do artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário