Lendo,
tudo se aprende. Não sei que motivos encontram os que sabem ler e
não lêem, por preguiça, desinteresse ou porque acham que já
aprenderam tudo. É dos grandes mistérios do meu bestunto, quando
começo a pensar.
Hoje,
lendo o poeta Manoel Bandeira, uma das glória da poesia brasileira
moderna, o poeta mais terno e amoroso de sua geração, eis que,
lendo-o, encontro justo seu poema “Noite Morta”, que parece,
pelo título, tratar-se coisas lúgubres. Mas os poetas fazem
milagres, o que era ou seria ruim, torna-se agradável ao leitor. É
a magia da poesia. Recito o referido poema, que é curto e certo,
terno e filosófico, dentro das possibilidades da poesia (que são
grandes):
“Noite
morta. / Junto ao poste de iluminação / os sapos engolem mosquitos.
// Ninguém passa na estrada. / Nem um bêbado. // No entanto há
seguramente por ela uma procissão de sombras. /Sombras de todos os
que passaram. / Os que ainda vivem e os que já morreram. // O
córrego chora. / A voz da noite… // (Não desta noite, mas de
outra maior.) . Petrópolis,
1921, em “Estrela da vida inteira”, 1976,
uma joia da saudosa da Livraria José Olympio Editora S. A. - Rio de
Janeiro.
Esta
citação de Manoel Bandeira me veio pela informação que tive de
diversos filósofos e psicólogos brasileiros que atestam ser a
poesia uma leitura muito mais agradável e útil àqueles que vivem
agarradas em informações e técnicas de grande maioria dos livros
chamados de “autoajuda”. Eles afirmam que a poesia ajuda muito
mais, muito mais mesmo. Não importa de onde tirei este conselho e
informação, mais vale dizer que li em alguma fonte de informação
e me emocionei com imagens tão bonitas.
Há
muitas outras ternuras a serem referidas, lembradas, traçadas, mas
tenho uma notícia muito boa para colocar neste artigo. Trata-se do
desempenho formidável da PREVI, o Fundo de Aposentadoria dos
Funcionários do Branco do Brasil, no ano de 2016, segundo a
revista/jornal “Ação”, publicação da ANABB (Associação
Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, data de março/abril
de 2017, em Brasília:
“A
Previ encerrou o ano de 2016 com superávit em
seus Planos de Previdência. O Plano 1
apresentou saldo positivo de 2,19 bilhões no exercício (…)”
Feitas as contas entre os déficits acumulados em anos anteriores, o patrimônio do maior e mais antigo plano de benefícios do Brasil, quiçá do mundo, terminou o ano com 160,6 bilhões (para os diversos planos em que se divide, conforme a classificação de entrada-início de pagamento.
Feitas as contas entre os déficits acumulados em anos anteriores, o patrimônio do maior e mais antigo plano de benefícios do Brasil, quiçá do mundo, terminou o ano com 160,6 bilhões (para os diversos planos em que se divide, conforme a classificação de entrada-início de pagamento.
Particularizando,
o total de participantes do Plano-1
são 114.943, dos quais 82.369 são aposentados (entre eles estou
eu); 20.712 são pensionistas e 11.862 são funcionários ainda da
ativa. Isto significa que a PREVI não foi tanto assim abalada pela
situação econômico-financeira do País e que os aposentados do BB
podem ficar tranquilos quanto à liquidez de suas aposentadorias. Uf!
Isto eu precisava saber: receberei meus vencimentos em dia, como
sempre vem acontecendo.
Queremos
que a PREVI seja sempre forte como exemplo de planificação de
funcionários aposentados. Eles pagaram para o seu direito durante
toda sua vida útil de empregados do Banco do Brasil, esta casa que
já foi bem melhor e mais séria, mas graças a Deus e seus
competentes dirigentes, vem acompanhando o desenvolvimento do país
sem muitos transtornos, em tempos bons e em tempos maus, sem quedas
impressionantes.
Esta
é a noticia em que me situo. Vivemos num mundo em completa ebulição.
a era industrial passou e já faz alguns anos. Entramos na da
informática ou cibernética – boa para os novos, que nasceram
nela, não muito agradável para velhos que têm de adaptar-se aos
tempos novos, ao “tudo pelo computador”. Destaco o caso do
celular e da notícia que fazem o mundo interligado diretamente sem
interrupção de mais de um segundo, enquanto a corrente elétrica lê
ZERO e HUM (ou de outra forma +1 e -1): a linguagem do computador.
De
algumas coisas já me sirvo. Tenho divulgado minha obra pela internet
com mais facilidade. Assim são centenas e centenas de poemas, livros
e livros que estão no “ar”, para quem quiser acessá-los.
Ultimamente estou pagando minhas contas pelo celular, através de uma
aplicativo do meu banco. Liberta-nos de muitas idas a uma agência
bancária e, por outro lado, se corre menos perigo contra os ladrões
que farejam cada tostão, cada cartão de crédito, cada instrumento
que possam servir para os seus serviços mal intencionados, onde a
Polícia não chega, enquanto ela não chega, etc.
Também
li na revista “Cidade Verdade” a notícia de que a sujeira que o
celular esconde pode ser transmissora de doenças por intermédio de
bactérias e fungos. Porém, onde, como e com que materiais poderemos
fazer a limpeza do nosso “sexto” sentido? Pareça brincadeira ou
não, outrora eu aprendi na escola que o corpo humano é composto de
3 partes: cabeça, tronco e membros. Não sei como os professores e
alunos estão estudando ciência, hoje, mas o fato é que o celular,
de tão necessário e tão usado, tornou-se o nosso quarto membro do
corpo e o nosso sexto sentido. Quem não concordar comigo, peço que
me faça a nota informado melhor definição para o celular. Era
moderna. Nós, velhos, temos de ser um pouquinho jovens à força das
circunstâncias. É difícil. Mas não é impossível. Talvez o
esforço nos livre de muitos males, inclusive aquele do alemão (o
mal de Alzheim).
Será
que podemos considerar o uso do celular e sua prestimosidade como a
ternura do nosso dia a dia e especialmente para os dias solitários?
Pois com ele – o aparelhinho – nunca ficamos só: telefona-se,
reza-se, lê-se obras, conversa, ouve-se música, e quanto mais se
quiser e procurar? Além de exercitarmos a escrita. Que beleza!
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*Francisco Miguel de Moura – Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras
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*Francisco Miguel de Moura – Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras
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