domingo, 20 de novembro de 2016

COISAS INTERESSANTES QUE ME PERGUNTAM


Francisco Miguel de Moura
Escritor e

Membro da Academia Piauiense de Letras


Um amigo das redes sociais me solicita, pela internete, que eu indique os melhores livros para sua leitura. Uma indicação comum, mas ao mesmo tempo embaraçosa, difícil. Pra responder sem ser pessoalmente, conversando vis-a-vis, eu diria que são clássicos. Mas há clássicos e clássicos. São milhares, de diversas culturas.
Lembrei-me logo da Bíblia, mas é um livro muito grande, não conheço alguém que tenha lido a Bíblia de cabo a rabo. Além do mais, é um livro sagrado, onde se lê e reza, ou ora, ao mesmo tempo. Por ser um dos mais antigos documentos que conhecemos, na nossa cultura cristã ocidental, indiquei-a, porém fazendo as assertivas mencionadas.
É claro que sou escritor e leio muito, no início lia até demais, comia livros. Hoje, quando quero ler, leio algo que, além de agradar-me, me ensine também. Aponto, em primeiro lugar, o médico, psicólogo, psiquiatra Augusto Cury. Ele diz que não encaminhou nenhum dos seus filhos para uma religião específica, visto que não elegeu para si um credo dos estabelecidos na socidade. O que tem de muito significativo na sua vida, em relação ao que prega e professa, é a ciência, uma ciência prática e necessária a todos nós que vivemos neste mundo conturbado. Seus livros, são adotados em escolas superiores (universidades) e lidos por professores e pessoas dedicadas ao magistério, tanto no curso fundamental, quanto no segundo grau.
Mas não é só isto. Dr. Cury estudou a vida e a obra de Cristo. Por isto proclama que Jesus foi o homem mais sábio que o mundo já conheceu. Não posso indicar aos não crentes a leitura de Augusto Cury, pois, se a fizerem, terminarão acreditando piamente na pregação de Jesus, praticando as virtudes que ele nos mandou praticar para que tenhamos uma boa vida. Não sou padre nem pastor, cada pessoa tem a liberdade de escolher sua religião ou não ter nenhuma. Agusto Cury diz que o ser uma humano veio a mundo para viver. E para viver bem deve crer, pensar e fazer obras boas, ou seja, imitar Jesus Cristo.
Bom, mas são livros didáticos, alguns leitores dirão. Outros dizem que são livros de “auto-ajuda”. Mas, muitos dos seus fãs – eu sou um deles – acreditam que ele alia a ciência da natureza à ciência da vida e nos ensina, sem solicitar que a decoremos. São didáticos os seus livros, mas até certo ponto. De certo ponto em diante são científicos. E mais à frente são livros de leitura gostosa e fácil. Taí um escritor que eu indico. Se houvesse espaço e tempo, neste artigo, faria uma relação de toda a sua obra. Mas, se o fizer, estarei fazendo propaganda comercial dos seus livros, sem ter sido pago ou esperar pagamento por isto. Pelo simples fato de ter lido e gostado, cito três de suas obras: “Treinando a emoção para ser feliz”, “Ansiedade” e “A fascinante construção do Eu”. Uma passagem deste último:
“Se uma pessoa tiver um Eu saudável e inteligente, com as funções vitais bem formadas, desenvolvidas, terá substancial consciência de si e da complexidade do psiquismo humano e, portanto, jamais se inferiorizará ou se colocará acima dos outros. Poderá estar em frente do presidente ou do rei de qualquer nação que não se sentirá diminuído, nem lhe virão impulsos de supervalorizá-lo. Poderá valorizá-lo e respeitá-lo, mas não com deslumbramento. A maioria dos jovens que se encantam diante de uma personalidade Hollywood ou de um cantor não têm o Eu maduro, autoconsciente, autocrítico”. 
 
Seguindo mais à frente, ele mostra que o ser humano deve conhecer e saber que todas as outras criaturas são desiguais, apenas parecerão iguais na sociedade. Diante do seu pensamento não há como ter preconceito nem imaginar que alguns são maiores do que outros, só porque trabalham na tevê ou porque cantam, porque são negros ou brancos, por isto ou por aquilo, que é apenas forma.
Observo que hoje temos uma mocidade embrigada pela mídia, elegendo para seu espelho um cabeludo/barbudo qualquer ou uma mocinha que se veste exageradamente, ou não se veste, sobe no palco, mostra o que não precisa ser mostrada com cantora, canta mal e diz tolices como se fosse alta filosofia. O’ jovens, o lugar de vocês para a vida é estudar o mundo físico e psicológico, ou seja, estudarem-se a si mesmos para que tenham uma vida consciente e melhor.
Por que no mundo político, todos se consideram diferentes e maiores do que o cidadão do povo, os governados por eles, o que lhes põem lá com impostos e tudo mais, inclusive o voto? Só porque são homens de Estado? E os levam suas nações às guerras e à miséria.
A socidade letrada seria muito melhor se, em vez de passar o dia e a noite, “dedografando” palavras tolas e pensamentos disparatados entre seus “amigos” nas redes sociais, lessem Augusto Cury. Às vezes até “deduram” seus amigos, ou a sociedade que não vai com ele para as noites de danças, bebedeiras e vícios sem nome. Nos últimos vinte anos, nossa pátria tem decaído muito, há um deterioração na família tradicional, para tornar-se moderna, que é impossível medir, visto que o mundo cresceu desesperadamente. Todos os países estão mudando rapidamente. Aqui dizem os adeptos: eu cresci neste mundo, posso dever e não pagar, descumprir a lei e não ir para a cadeia, posso desconsiderar a propriedade privada e não dar valor à vida dos outros. “Tudo é meu!” Ou todos viraram ladrões? Pergunto. Neste período da politica e sociedade brasileira, uma pergunta que salta aos nossos ouvidos é a seguinte: Por que o Lula ainda não foi preso? Todas as autoridades estão mancomunadas com ele, exceto o Sérgio Moro. Ou eu me engano?
Outra pergunta impossível de resolver-se, ter a solução, dar uma resposta mais ou menos razoável é: “Depois de Michell Temmer, quem governará o Brasil”? E outra: Depois da operação “Lava Jato”, comandada por Sérgio Moro, quem fiscalizará o país?
Depois do terceiro sexo, qual e como será o próximo?
Quando, enfim, não existirá um terceiro nem um segundo mundos? Que todos sejam do primeiro mundo, se os países que o compõe caminharem pela democracia, nunca pela esquerda nem pela direita, mas pelo povo – que são todos os filhos daquela nação, todos são irmãos e todos diferentes. É preciso respeitar as diferenças individuais, não somente as de grupo.
Como serão os Estados Unidos depois do Obama? Melhor ou pior do que é hoje? Ou se entregarão a guerras e mais guerras como em tempos anteriores. Ou se fecharão como se vivessem num paraíso perdido?
Estou bem distante do início deste artigo, para responder quais são as melhores leituras. Não tenho a conclusão de tal pergunta, mas, para mim, no momento o melhor livro de leitura que existe no mercado, chama-se “Eu sou Malala”. Ali se aprende como era o Paquistão há bem pouco tempo, quando o Brasil era desgovernado por Lula/Dilma. Há situações no livro em que se parecem muito com o que estamos ainda sofrendo no Brasil. Lá eram os talibãs, descidos do Afganistão e ali aboletados, para tomarem a direção em meio a um governo fraco e corrupto e um exército embrenhado numa guerra que não tinha força para resolvê-la, por causa da mistura de seitas do moametismo. Aqui, a seita era petistas e seus asseclas, de mistura com uma classe rica e corrupta que transformou todos os políticos em ladrãos e vice-versa. Do “Mensalão” ao “Petrolão”.
Portanto, não há escolha: O melhor livro de leitura do momento é “Eu sou Malala”, uma paquistanesinha que mostrou ao mundo quanto se pode fazer pela democracia, mesmo num país confuso como o seu. Corajosa, inteligente, viva, teve a educação e o caráter que seu pai lhe ensinou e mostrou ter sempre. E se tornou, aos 16 anos de idade a moir lutadora pela escola, pela liberdade da mulher, pela paz mundial, a partir daquele recanto da Ásia. Foi eleita, com justa razão, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 2014, depois de ter escapado da morte, por milagre, quando atingida pelo disparo de um talibã no seu rosto, na sua cabeça.

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