quarta-feira, 27 de abril de 2016

SEIOS - Soneto

Francisco 
Miguel de Moura*

Teus seios virgens deixam-me piscando
O olhar e, enfim, acordam minha pele,
Fazem com que, ao sol, eu me enregele
Na dança que executas caminhando.

Quem me dera contigo falar, quando
Talvez houvesse abraços e desvelos
E então sentir teus pomos como uns selos
Sobre o meu coração, enfim, te amando.

Perdido por teu ser, teu colo eu sinto
De antemão. É que vivo (pois, não minto),
Sustendo-me, talvez, qual se sustentam

No poema de teu corpo os estribilhos:
- Estes teus seios que hoje me alimentam
E que amanhã saciarão teus filhos.

                             Teresina, 5 de julho de 2011.

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