quinta-feira, 27 de março de 2014

ÁGUA - SINÔNIMO DE VIDA E RIQUEZA HUMANA

http://abodegadocamelo.blogspot.com 
Francisco Miguel de Moura*

Passou o dia mundial da água (22 de março), estabelecido pela Organização das Nações Unidas e eu não consegui escrever a tempo de publicação, para que nela se pensasse mais. Também parece que ninguém teve tempo de pensar no valor dessa comemoração. Do povo e das autoridades, falamos. Nenhuma coisa nova, nenhuma promessa, nada. Mas todos os dias são dias da água. Porque, se houver uma coisa que nos assuste mais do que a sua falta, eu peço que me apontem. Água e vida nascem, crescem, vivem, adoecem e morrem juntos. A vida, como nós conhecemos, só apareceu na terra por causa da água. Portanto, é assustador saber que só restam oito milésimos (0,008%) do total da água da Terra que é potável, que quer dizer: - boa para beber-se. A palavra pote vem de uma vasilha de barro que nossos antepassados inventaram, feita de barro, a qual conservava a água de beber boa e fria. Isto era nos tempos em que não havia geladeira.

Nosso planeta não é Terra, é Água. E se é verdade que ele, nosso planeta ainda possui dois terços (2/3) de água em comparação com a terra, também é verdade que estão muito poluídas, começando pelos oceanos, onde erradamente pensamos que ela nunca acabará. Quem alimenta as águas são o movimento. “ÁGUAS PARADAS NÃO MOVEM MOINHO” (moinho aqui deveria ser tomado simbolicamente como a nossa vida na terra). Todos os rios correm para o mar, assim como toda chuva conseqüente, vem do mar. Mar, céu e terra, juntamente com os ventos fazem a corrente da vida. A ciência inventa, cria, mas tudo que cria é tirado da natureza, apenas reinventa, reutiliza. E a ciência mexe na natureza, mexe na água, mexe na vida, sem medir as conseqüências, muitas vezes pela sede de saber, outras por imposições políticas. É um dilema: a ciência recria muita coisa para o nosso bem. Inventou a geladeira, os grandes geradores de energia, mas todos eles poluem. Não somente o ar, poluem as águas, poluem a vida. Seria ideal que ao lado do invento poluente fosse criado outro para despoluir. Como isto não pode ser, talvez não aconteça nunca, resta obedecer às leis da natureza. Não maltratá-la, não matá-la. No mínimo, poupá-la, evitando, por exemplo, as grandes formações de campos de pastagem para alimentar o gado e aí se derrubam as matas nativas como estão fazendo na Amazônia, como já fizeram nas outras amazônias do planeta, antes da nossa. Ninguém pense que os desertos sempre existiram. Eles foram feitos pelo devastador. Ninguém pense que as queimadas, em várias partes onde correm rios e regatos não vão influir na deterioração do solo e das águas e do ar que sobe para a atmosfera. O movimento das águas fica interrompido. Isto vem a poluir rios, lagos, regatos, cachoeiras, correndo tudo para o mar.

É bom pensar muito nisto: Ou pára-se de exterminar a natureza vegetal, animal e os bens minerais como petróleo, ouro, diamante, ferro e gás, irracionalmente, ou cada vez mais se aproxima o fim da água potável e das outras águas, e chegaremos ao fim da nossa casa e da nossa vida, ambos oferecidos de graça pelo Criador. 

Transcrevemos, na oportunidade, partes da “DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA”, com a aprovação de todos os países da ONU (Organização das Nações Unidas), criando assim o “DIA DA ÁGUA” , em 22 de março de 1992, um marco de reflexão do problema anualmente.

“Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

“Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal, ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art. 3º da Declaração dos Direitos do Homem.”

E como a cada um direito corresponde um dever, é dever de todos preservá-la limpa, gastá-la com parcimônia, não usar meios que venham a piorar mais do que está. A ciência, que é feita pelo homem, deveria cuidar da saúde dela e dos meios de curar quando está doente, assim como cuida de nós (ou supomos). O entranhamento do homem na sociedade – política, econômica e/ou socialmente, dizendo – é tão grande que os governos e as entidades governamentais ou não, dão pouquíssima atenção ao mal que está próximo: A guerra pela água. Aí haverá “choro e ranger de dentes”. É o apocalipse. 

Vamos afastar essa agonia do fim para bem distante, quem sabe até para sempre, com o nosso exemplo: Ensinando a filhos e descendentes o quê e como farão para que isto seja possível. Somos filhos do Deus Criador e dela, nossa santíssima mãe Água.


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*Francisco Miguel de Moura - Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras (APL-Teresina-PI-Brasil) e da International Writers and Artists Association ( IWA-Toledo - OH - Estados Unidos da América).


2 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Olá, Miguel, poxa, gostei de ler esse texto sobre o Dia Mundial da Água. A vida no planeta começou na água, e estamos terminando com ela. Não vi algo mais triste do que a falta de água numa região na África, onde crianças tentavam tirar do solo algumas gotinhas, e com canudinho.
Que linda homenagem, pois confesso que eu gostaria de ter feito, foi esquecimento.Estou andando um pouco pelo seu blog, clicando na guia superior, conhecendo mais do seu belo trabalho, inclusive os sonetos, tão lindos.
Meu abraço aqui do sul pra você!

CHIICO MIGUEL disse...

Taís de Luso,
Nome bonito para uma pessoa tão bonita de alma e coração:você não posso dizer que foi surpresa, só que foi acima de minha expectativas.Agora me alivio por ter feito alguma coisa boa no dia mais importante em comemoração - Dia da Água - Dia da Vida.
Ontem, se não me engano, estive no seu blog ou site,e não consegui fazer nada. Não acertei - sou meio burro para essas coisas de internete, ainda me permite (80 anos). Mas vou tentar de novo
Abraços carinhosos e agradecidos do
Francisco Miguel de Moura

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