quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

INCULTURA, CORRUPÇÃO, GUERRA CIVIL pt.SAUDAÇÕES

 Francisco Miguel de Moura*
http://cirandinhapiaui.blogspot.com

Conversa entre escritores, quando moram distante, é sempre por escrito: cartas, jornais, livros, citações, e hoje raramente por “emílios”, como dizem o portugueses (em vez de e-mail). Com certeza, não saem tolices, não, numa troca tão rica. E minha conversa inicial é com um historiador de Portugal já falecido, com base em carta minha de 16-11-2004.  

- Como pode ser?  

- Sim, sem dúvida. O leitor prestou bem atenção ao exórdio desta matéria. A conversa propriamente começa aqui:  

- “Meu caro amigo, Dr. Joaquim de Montezuma de Carvalho, eu o saúdo com a melhor saudação: Estou ansioso em conversar com você, é bom conversar com um mestre, diante do qual sempre se aprende muito. Qual a sua opinião sobre a reeleição de Bush, nos Estados Unidos? O mundo vai melhorar ou piorar? Vamos ter mais guerras do que as que já temos? Estive pensando em algumas coisas que você escreve, com as quais eu concordo e até gostaria de ter conhecimento melhor para comprová-las a meu jeito. Li, entre outros, seus artigos a respeito de Galiza, no Suplemento DAS ARTES DAS LETRAS. Na verdade, o que faz a diferença entre os homens e os outros animais é a cultura, todos estamos carecas de saber. E deste ponto de vista os homens são iguais, compõem a humanidade. Mas somente até aí. Porque são diversas as culturas é que os povos se diferenciam ao perpassar dos séculos, milênios. Em virtude da distância, do isolamento, da geografia, da família, das religiões, das raças, dos meios de vida, das formas de transporte, das descobertas, das línguas e de alguns sentimentos especiais – a saudade, por exemplo – desenvolve-se a arte de modo desigual em civilizações mesmo próximas, no tempo e no espaço, como Grécia e Roma. Através de tudo isto se desenvolvem as nações grandes e pequenas, as grandes famílias e as pequenas, os povos peninsulares e os insulares, os continentes e os países. No conjunto, mesmo dentro de um país, dentro de uma nação há divisões, uma delas entre as maiorias e minorias. De caráter político, portanto, visto que todos os governos são mantidos pelas maiorias do momento. Quando, no país se adota ou pratica a democracia, ainda bem. Ali as minorias são vistas, embora que nem sempre respeitadas. Às vezes são temidas, perseguidas, massacradas: Nas guerras, exemplo maior, pois todas as guerras são injustas”.

Sobre o assunto, aqui interrompo minha carta ao grande historiador Montezuma, de quem outra verdade nunca esqueci. “Deus inventou a bola redonda, o demônio inventou o futebol”. Falar nisto é importante porque estamos vivendo um ano da “Copa do Mundo”, que, segundo o calendário, acontecerá no Brasil. Mas vivemos, também, um ano eleitoral, para renovação do Governo do Brasil, em Brasília e nos demais Estados da Federação (se é que ainda somos federação). Há como que um movimento retilínio no sentido de tudo centralizar, desde a burocracia à economia. A política faz isto. O PT manda e desmanda na maioria (pelos sindicatos e associações de classe e pela corrupção da máquina burocrática) e as minorias sofrem as tremendas consequências, quais sejam: educação, saúde e segurança não levadas a sério, esbodegadas. Parece que há um propósito de tudo acabar no Brasil como cultura – quiseram mudar até a língua, em alguns aspectos, intenção e atos combatidos por toda a inteligência cultural. Só o que não mudaram foi a corrupção, salvo para maior volume e abrangência. Começada no “Mensalão”, ela continua subterraneamente amealhando poder monetário e outros para jogar tudo na eleição. E é o momento da Copa.  Já se fala “à boca pequena” (não sei por que as grandes empresas jornalísticas e de tevê têm medo de jogar tudo o que sabem para o povo), pois é “à boca pequena”, pela internete, que soubemos de um plano mais ou menos semelhante ao do Collor de Melo, para engessar a economia, de forma a que todos fiquemos sujeitos aos ditames de leis, medidas provisórias, decretos preparados nos esconderijos das mentes mais agressivas e malvadas da maioria (do Palácio do Governo ao Congresso). 

Como vai ser ninguém sabe. Será surpresa? 

Mas eu ainda acredito nas forças vivas desta nação, no meu pequeno entendimento, só garantidas por duas instituições: a Justiça e o Exército; a primeira não permitindo de forma alguma absurdos maiores do que os que já foram conseguidos pelo governo nestes anos de Lula – Dilma. Se não houver muita consciência na maioria do país, teremos uma derrocada daquelas. Porque já vivemos uma guerra não formal. Só falta oficializar as drogas pesadas, talvez ridícula ou tragicamente através de uma “bolsa-drogas”, para a explosão da guerra civil. 

O Brasil sofre – são 14 anos - porque acreditou no Lula, no PT e companhia, antes da subida DELES ao poder. Agora é necessário, é urgente que NELES desacreditemos, NELES e nos seus cupinchas (esses espúrios partidos que lhe dão a maioria absoluta para praticarem um incrível absolutismo político-administrativo). 
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*Francisco Miguel de Moura - escritor, membro da Academia Piauiense de Letras (APL-Teresina-PI), da União Brasileira de Escritores (UBE-SP) e da Associação Internacional de Escritores e Artistas (IWA- US - siglas em inglês)

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