Francisco Miguel de Moura*
O olho é pequena brecha,
Olho pra dentro e por fora.
Quem é ela, quem seu olho?
Não sei, e isto me molesta.
Olho de cá, ela de lá m’olha
Sem que veja, raios partem.
E eu juro que o poema é dela.
Pra ficar no bom do “molho”.
Cadê a menina... Aquela
Que está por dentro e não vejo?
Cadê o menino? – O teu olho
Beijos merece – azuleja.
O dia todo este arrolo,
À noite sem ver estrelas...
E assim nasce o poem’olho,
Perdido no olho que vejo.
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora no Piauí, na Capital Teresina, apelidada por Coelho Neto de “Cidade Verde”, o que realmente é, pois plantada na Chapada do Corisco e banhada pelo caudaloso Parnaíba(que percorre todo o Piauí, de Norte a Sul, numa extensão de mais de 1.200 km), e pelo rio Poty, este com nascente ainda no Ceará e atravessa todo o Estado, até desembocar no Parnaíba.
Nota: - Homenageando meu poema, Teresinka Pereira (Toledo, OH, Estados Unidos) fez um outro e me mandou. Como não fiquei com cópia do original, tentei voltar ao mesmo tema/trocadilho e construí este.
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