Seria uma manhã calma,
Feliz, absurdamente feliz,
Se não ouvisse palavras tropas,
Por trás das paredes
De sons matando gritos,
Uns de dentro, outros que se vão.
O vento uivava arrebentando os guizos.
Desconheço como o vento nasce e vive,
Quando entra, doido, pela janela,
Misturando papeis com versos e reversos,
Emoções e metáforas.
Metáforas que são minhas orações,
Para o gozo dos meus orgasmos
E inválidos espasmos literários.
E o vento rolando, arrebenta janelas.
Dai-me, paz, senhor do Infinito,
Abarca-me com a mão e o olhar,
Manda, pois, este vendaval parar.
Enquanto cubro meu umbigo.
Que meu castigo se abrevie à tarde.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta, mostra nestes “contratentos”, como o homem sofre por suas inquietudes e incoerências.
2 comentários:
Maravilhoso Chico!!!! Adorei essa ventania. Um beijo.
Olá Francisco! Passando para te cumprimentar e apreciar mais uma das tuas belas criações.
Abraços e fiques com DEUS.
Furtado.
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