domingo, 14 de julho de 2013

UM DIA QUALQUER

Francisco Miguel de Moura*



Até a minha dor é branca
e me nega.

Preciso de um susto longo,
Para me levantar da cama.

Quero palavras de fogo,
Ouvir se alguém ainda me ch(ama).

Preguiça não é. É provação!
Sempre acordei às quatro da manhã.

E hoje estou besta, entre cobertores
Brancos, ontem tão escuros...
       Onde as outras cores?

O calendário é branco, o céu, a lua,
Até o sol me parece que flutua
               Como neve.

Preciso de um elo que não seja branco.
             E que venha breve.

___________________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, faz poesia como quem faz samba, a questão é ter um mote, uma palavra ou apenas um sinal.

3 comentários:

Nádia Santos disse...

Chico querido amei o poema principalmente esse trecho: "Quero palavras de fogo/ Ouvir alguém ainda me ch(ama)..." Uauuuu. Um carinhoso abraço poet e feliz semana.

=> Gritos da alma
=> Meus contos
=> Só quadras

regina ragazzi disse...

Oiiiii Chico!! Meu amigo querido. Saudades de vc. Que bom receber sua visita la no meu blog.
Esse seu poema é lindooo!!!
As vezes me sinto assim tal como vc descreve em seus versos. Mas nada como um dia após o outro né?
Receba meu abraço carinhoso.Bem grandão!!!

CHIICO MIGUEL disse...

Nádia,
Meu Deus, e que sonho erótico o teu. Tomara que eu tenha o mesmo.Amar faz bem à saúde do corpo e da alma. Gostei muito.
Obrigado.
abs. chicomiguel

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