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Noutro artigo sobre
as condições da educação no Brasil, eu terminava falando no “bullig”.
Não preciso acrescentar minúcias, todos já conhecem o fenômeno.
A escola não é um lugar tranqüilo, lá acontecem todos os tipos violência: intelectual, moral e física, resultando não apenas em agressão corporal, mas até em ferimentos graves e mortes. E os professores, coitados, agem com que autoridade? Nem dos pais, nem do Estado, nem do sistema de leis governamentais, as mais estúpidas porque aceitam passivamente os crimes e ainda, por cima, protegem os criminosos, porque os deixam soltos. Isto, naturalmente significa o quê? Culpar os inocentes e as suas virtudes. Os mestres e mestras são os primeiros a serem atingidos pela violência, quando reagem, pensando no bem de todos, na harmonia escolar, na sua responsabilidade substitutiva dos pais. Mas, “na hora agá”, todos aqueles citados como co-responsáveis são omissos, e a escola vira uma casa de crime, um pandemônio. Já se sentiu que, dessa forma, as famílias também precisariam ser reeducadas, e os governos serem mais presentes, com fiscalização dura para com os não cumpridores das normas econômico-educativas, quando destinassem as verbas X ou Y, para determinado colégio, já de si pequenas, a fim de não chegarem defasadas a seu destino, por demora ou desvios (calculados pelos bons economistas em torno de 40% a 50%, acontecendo o mesmo com a merenda escolar). As páginas dos jornais estão cheias desses casos.
A escola não é um lugar tranqüilo, lá acontecem todos os tipos violência: intelectual, moral e física, resultando não apenas em agressão corporal, mas até em ferimentos graves e mortes. E os professores, coitados, agem com que autoridade? Nem dos pais, nem do Estado, nem do sistema de leis governamentais, as mais estúpidas porque aceitam passivamente os crimes e ainda, por cima, protegem os criminosos, porque os deixam soltos. Isto, naturalmente significa o quê? Culpar os inocentes e as suas virtudes. Os mestres e mestras são os primeiros a serem atingidos pela violência, quando reagem, pensando no bem de todos, na harmonia escolar, na sua responsabilidade substitutiva dos pais. Mas, “na hora agá”, todos aqueles citados como co-responsáveis são omissos, e a escola vira uma casa de crime, um pandemônio. Já se sentiu que, dessa forma, as famílias também precisariam ser reeducadas, e os governos serem mais presentes, com fiscalização dura para com os não cumpridores das normas econômico-educativas, quando destinassem as verbas X ou Y, para determinado colégio, já de si pequenas, a fim de não chegarem defasadas a seu destino, por demora ou desvios (calculados pelos bons economistas em torno de 40% a 50%, acontecendo o mesmo com a merenda escolar). As páginas dos jornais estão cheias desses casos.
Passando para as condições físicas, os prédios que abrigam o
“santuário da educação”, na mor parte das vezes é representado por casas
velhas, deterioradas, sejam próprios do governo ou de propriedade
privada (ocupadas, supostamente, por aluguel) com tetos desabando, se há
vento ou chuvas, sujos por fora e por dentro. E segurança policial, meu
Deus, quem foi que disse que há de verdade? Mobiliário: carteiras,
mesas armários para professores e secretários, tudo em petição miséria.
Falta energia, falta ar e ventiladores para as horas mais quentes do
dia. É um castigo para os alunos, também sem os suportes mínimos como
uma biblioteca atualizada. Os computadores, quando existem, são
aparelhos velhos, caindo os pedaços, sem ninguém para dar as primeiras
aulas da matéria (a técnica para seu uso adequado). Quem já soube, nos
programas de governo, de ações no sentido de prover as escolas com
laboratórios: bibliotecas (sempre ativadas pela compra de obras novas);
em laboratórios de ciências e tecnologia? Quem já ouviu falar nos
programas de governo algo semelhante a cursos de especialização e
aperfeiçoamento para professores, mesmo que ministrados na localidade
onde residem? Esses cursos devem ser gratuitos, professor não tem
dinheiro sequer para comprar um livro ou caderno, nem pode pensar num
“notebook”. Cursos de “capacitação” ou “reciclagem” – nomes bonitos,
estranhos - não é do que estou tratando. Falo em aperfeiçoamento mesmo: -
cursos de mestrado, de doutorado, cursos técnicos e cursos teóricos
dentro das respectivas áreas de conhecimento.
Outrora quando a escola pública era realmente uma escola de alto padrão, os mestres eram já doutores, defendiam tese. O salário do magistério, todos sabem, nunca foi compensador, mas hoje está a mil léguas de distância do que foi no passado, de forma que o vendedor de bananas no mercado ou os varredores de rua podem ganhar muito mais que o professor que dá a vida pela profissão, pelos alunos, pelos livros. Qual é o professor, com turmas de mais de 30, 40 e até 50 alunos, dentro das condições físicas citadas, que é capaz de fazer o milagre de ser um bom mestre, de fazer entrar na cabeça de seus discípulos que aquilo é uma escola e que as aulas devem ser aproveitadas ao máximo?
Outrora quando a escola pública era realmente uma escola de alto padrão, os mestres eram já doutores, defendiam tese. O salário do magistério, todos sabem, nunca foi compensador, mas hoje está a mil léguas de distância do que foi no passado, de forma que o vendedor de bananas no mercado ou os varredores de rua podem ganhar muito mais que o professor que dá a vida pela profissão, pelos alunos, pelos livros. Qual é o professor, com turmas de mais de 30, 40 e até 50 alunos, dentro das condições físicas citadas, que é capaz de fazer o milagre de ser um bom mestre, de fazer entrar na cabeça de seus discípulos que aquilo é uma escola e que as aulas devem ser aproveitadas ao máximo?
Aperfeiçoamento por conta própria não existe, nem pode existir na
vida que leva um mestre-escola ou professor do segundo grau. Como fazer,
então? Continuar tudo como está para não piorar mais a situação, como
perca do emprego ou diminuição do salário. Assim, precisam dar aulas em
vários colégios, na maioria das vezes fechando o ciclo diário dos três
turnos. E chegam a casa exaustos pela espera do ônibus e outras
chateações que possam acontecer no seu percurso.
Apelar para que autoridade, a fim de que a situação se modifique?
Somente ganhando a rua, somente fazendo passeatas, protestando para que o
Brasil inteiro sinta e participe com suas opiniões, criticando essa
total desorganização na qual vivemos e com a qual convivemos. Leis até
que temos demais (umas boas e outras contraditórias e dispensáveis), mas
falta o cumprimento mínimo das mais urgentes: - falta fiscalização e
penalidade aos infratores.
Falta apelar para o voto democrático, não precisamos de nenhuma
reforma que não seja a do homem: político, administrador e cidadão.
Qualquer outra, no momento, é golpe. As ruas estão dizendo.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, membro da Academia
Piauiense de Letras, mora em Teresina, Piauí. Membro também da União
Brasileira de Escritores - UBE-SP e da Intrnational Writers and Artists
Association - IWA, Estados Unidos. __________________
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