Francisco Miguel de Moura*
Um corpo plastificado
na prateleira agoniza,
não sua, não chia - dói
uma dor completa e fria.
Melhor viver descontente
com o amor da meia-noite
que mata as luzes do dia.
Anjos de asas quadradas,
mitos dos sons sem palavra,
somos a coisa coitada.
To be or not to be!
O eterno não ri
- Gargalha.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Capital do Estado. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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