Francisco Miguel de Moura*
Arrependido do que faço,
Faço o que não quero
E esqueço o homem.
Fazer, nem sempre eu quis,
Porém o que fazer do feito
E do des-feito?
Se já somos o fazer de-feito,
Sofreremos o viver sem-jeito.
***
Somos o verbo feito carne,
Somos carne in-fecta, verme.
E sobre o que restar – restolho,
Só o silêncio, anseio do universo,
Dirá do homem-verso-verbo.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, PI. E-mail:franciscomigueldemoura@superig.com.br
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