FILOSOFIA DO TRIVIAL
Francisco Miguel de Moura*
Acendido
o cigarro, o fumo passa
a
alongar-se pra o alto com desdém.
Outro
cigarro acende-se: Fumaça
voa
do peito. Vai procurar quem?
Por
que tão logo em cinza se consome?
Voltamos
a pensa outra desgraça,
outra
tristeza que não sei o nome.
E
nossa vida esvai-se e se adelgaça!
Por
um momento cresce e se avoluma,
por
um momento cria a dor das crenças
para
depois se transformar em bruma.
Pensando
bem (ou mal) a vida passa:
-
Um punhado de crenças e descrenças,
um
minuto, um cigarro, uma fumaça!...
____________
“Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiror.
(Este é um poema do meu livro "Areias" 1966)
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