O SEGREDO
Francisco Miguel de Moura*
Foi ontem mesmo a cena que componho,
me está presente, e ainda sou feliz.
Aconteceu-me a mim como aprendiz
do amor, aquele que me quero e imponho.
Posso contá-la?
Nem de pé me ponho!
Tinha um jovem feitiço e olhar contente,
uma fenda entre os dois dentes da frente
e o seio farto entremostrando o sonho...
Logo tomou-me as mãos, deu-me um sorriso.
Lembrando, então, de antiga namorada,
beijei-lhe o rosto, sem perder o juízo.
E ela abraçou-me acarinhando a tez...
Hoje relembro a cena apaixonada
como se houvesse uma segunda vez.
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