quarta-feira, 9 de outubro de 2024

 


A MEU IPÊ  

  (No dia seguinte)

      Francisco Miguel de Moura*

 

Dia seguinte, ainda contristado,

Abro a janela e vejo logo, o quê?

Todo enfolhado e verde o meu ipê.

Foi milagre, senti-me aliviado.

 

É uma lição de vida... Como não?

Vamos rimando tudo que nos cabe.

Nada de nada, a gente nunca sabe.

As esperanças nunca morrerão.

 

Eu junto ao meu ipê, inda esperamos

Que outros setembros venham com seus ramos

E as flores renascendo, sem temor.

 

Que o tempo passa. E a vida, enquanto temos,

Que sempre e sempre, a natureza amemos

Para a fiel consagração do amor.

_____________

OBS.: Para entender bem este soneto é bom ler, um outro,

anterior, com o título de "Meu Triste Ipê"

___________

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.

 

 

 

Um comentário:

Laudemiro Moura disse...

Muito bom , estou esperando o Ipê daqui também florir

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